Werdum considera vitória justa de Cigano e analisa luta sem luvas
Nas redes sociais, lutador abre caixinha de perguntas e fala das dificuldades da modalidade
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Fabricio Werdum abriu uma caixa de perguntas em suas redes sociais para responder questionamentos de seus seguidores sobre o confronto contra Junior Cigano, que foi realizado na sexta-feira (8). O gaúcho falou das dificuldades da modalidades - dos cortes que teve - até sobre a avaliação dos juízes, além de comentar seu futuro com o lutador.
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- Foi muito justo o resultado sim. Foi uma luta muito parelha, não achei que teve muitos golpes, a gente não brigou. A gente não teve uma briga. Normalmente é muito mais chão, mais tudo, mas claro, ele evitou o chão, foi esperto. A gente lutou mais na área dele, não consegui levar para baixo como eu queria. O resultado perfeito, na real. Foram dois (rounds) a um, teve um round que ganhei, tem gente que acha que não, tem gente que acha que sim, tem de tudo que é opinião. Mas que foi justo, sim, claro que ele ganhou sim. Ele me tocou mais preciso, então os golpes foram mais precisos e me machucou mais, então isso influencia muito também, quando machuca mais. Mas ele foi melhor na luta sim - disse o lutador.
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Werdum acredita que o fato de estarem sem luvas, os praticantes da arte marcial ficam mais cautelosos. Já que a luva pesa cerca de 113g e na categoria sem luvas a mão leva apenas uma bandagem, mas os punhos ficam completamente livres.
- Sobre as luvas, acho que a gente não solta tanto os golpes. Acho que essa luta mostrou que a gente não soltou tanto os golpes, não arrisca tanto porque tu sabe que pegou, machuca. Vai cortar, não tem como não cortar. Teve uma situação que eu clinchei, ele só deu alguns socos bem curtinhos e já me cortou o olho direito. Se fosse de luva não ia cortar, ia inchar mais, mas não ia cortar tanto. Gostei, achei legal, mas acho que com luva o cara arrisca mais, sai mais luta, acontece mais a luta com luva (…). É que machuca muito mais, a diferença é essa na real. Como nunca tinha feito, só na academia, e assim mesmo não muito forte, a diferença é essa, machuca bem mais. Por isso que eu tô com vários hematomas no rosto. A diferença é essa e tu não arrisca tanto, que tu sabe que se pegar vai machucar. Isso aqui (na boca), por exemplo, foi um soco de nada, foi bem fraquinho, mas já machucou, já cortou. No olho foram seis (pontos). - declarou
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Sobre o adversário, Junior Cigano, Fabricio analisou o confronto como algo bom e chamou de "luta técnica".
- Eu também achei a luta muito boa, muita gente achou. Foi uma luta bem técnica, e como falei antes não foi briga. A gente não brigou, foi estratégia pura para os dois lados. A dele foi melhor, claro, por isso que ele levou a luta (…). É muito mais difícil (sem luvas) que com luvas. A gente fala e a diferença parece pouca, mas não é. É muita diferença. A gente solta mais o jogo, luta mais, briga mais também. Quando sabe que não tem luva, que vai machucar, que vai fazer um corte grande como aconteceu com meu olho…e foi um jab firme, pegou, mas se fosse com luva não sei se cortaria. De repente, um corte menor. Me atrapalhou muito, começou a sair muito sangue dentro do meu olho. Muitas pessoas não sabem, mas quebrei dois dedos do pé antes da luta, então tive que fazer uma infiltração. Quando tem que fazer uma infiltração, o médico disse que sangra muito mais, então também sangrou muito mais. Não estou dando desculpas, tô dizendo o que aconteceu. Lutar sem luvas é mais complicado - disse.
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CONFRONTO EM 2008
Cigano e Werdum se enfrentaram pela primeira vez em 2008, um duelo que entrou para a história do MMA brasileiro. Júnior fazia a sua estreia no UFC, enquanto Fabrício já tinha certa experiência na organização. Mesmo assim, Cigano venceu por nocaute no primeiro round, resultado que teve como consequência a saída de Werdum do Ultimate, para onde retornou apenas quatro anos depois. Na década seguinte, ambos alcançaram o título da categoria peso-pesado.
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