Papo com Helio Castroneves: Ainda não tenho um carro para vencer, mas falta pouco para isso
Começam os treinos oficiais para a 109ª Indy 500

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Olá, amigos, tudo bem?
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Estou escrevendo esta coluna nesta noite de quinta-feira, 15, aqui em Indianapolis, após as atividades do terceiro dia de treinos oficiais para a 109ª Indy 500, que será disputada no outro domingo, 25, em 200 voltas pelo oval mais famoso do mundo, que mede 2,5 milhas. Somente nesses três dias iniciais de trabalho, já dei 220 voltas com o #06, ou seja, mais de uma corrida inteira. Conto isso para vocês terem a dimensão do trabalho intenso que todos nós da Meyer Shank Racing (MSR) estamos desenvolvendo. O Marcus Armstrong (#66) fez 213 voltas e o Felix Rosenqvist, com o #60, completou 233.
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No cômputo do trabalho realizado até aqui, considerando o melhor tempo de cada piloto, nosso time demonstra que está no caminho certo na busca do melhor acerto de corrida. Até aqui eu sou o mais rápido da MSR, com a 8ª posição e média de 224,523 mph ou 361,330 km/h, obtida no Practice 1. O Marcus está em 10º com 224,409 mph ou 361,150 km/h. Já o Felix está com P24. Sua melhor média foi 222,966 ou 358,830 km/h. Ambos andaram mais rápidos no Practice 3.

A MSR está fazendo em Indianapolis o que as grandes equipes sempre fizeram. Felizmente, temos três carros nessa prova, o que permite uma espantosa gama de acertos. É claro que cada piloto está buscando acertar o carro da maneira a se sentir confortável e o mais rápido possível. Mas como cada um testa um pacote diferente, nem sempre dá para estar o tempo todo buscando melhorar as médias. O caminho é reunir o que de melhor cada piloto testou e colocar nos três carros na hora que é pra valer, ou seja, a corrida do dia 25.
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Enquanto vocês estiverem lendo essa coluna na sexta-feira, estarei participando do teste para o Qualifying de sábado e domingo. Vocês verão que estaremos muito mais rápidos do que estivemos até aqui e a razão é o plus de potência aplicada nos motores, via pressão do turbo. Mas essa configuração só é usada no Qualifying, pois motor algum suportaria andar 200 voltas com essa potência extra. Isso significa dizer que, na segunda, 19, e no Carb Day, da sexta-feira, 23, os únicos testes antes da corrida. Nessas ocasiões, já estaremos de volta ao acerto de corrida, buscando refiná-lo mais ainda.
Por refino entenda-se o compromisso da velocidade, sem comprometer o equilíbrio do carro e vice-versa. Se você tem um carro extremamente rápido, mas sem o equilíbrio necessário para aguentar 200 voltas, a chance de encontrar o muro, mais cedo ou mais tarde, é muito grande. O oposto também é verdadeiro. De nada adianta ter um carro equilibradíssimo e fácil de guiar, mas sem velocidade. Não tem como escapar, alguma coisa sempre fica comprometida quando se busca performance. O segredo está em saber exatamente qual o risco que você consegue administrar para andar o mais rápido possível e terminar lutando pela vitória.
Não poderia encerrar sem agradecer as diversas mensagens que tenho recebido desde o sábado passado, 10 de maio, quando completei 50 anos. Fiquei muito feliz. E por falar em ficar feliz, espero poder contar para vocês, na próxima coluna, a respeito do resultado do Qualifying, que realmente espero que seja muito bom.
Abraço grande e até lá.
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Todas às sextas, acompanhe os relatos e as análises do piloto Helio Castroneves sobre as principais competições automobilísticas no Brasil e no mundo. Confira como começou a preparação para a Indy 500 e tudo sobre a estreia na Stock Car:
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