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Ele, simplesmente, se desmaterializou no ritmo dos esportes!

Caio Bonfim em Paris 2024
imagem cameraCaio Bonfim nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 (Foto: Wagner Carmo)
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 09/09/2025
19:00

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Simplesmente se desmaterializou no ritmo dos esportes! Antes que vire passado remoto, eu gostaria de lembrar alguns, dignos de espaço em nossos corações e mentes:

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  1. Chega ao fim o Mundial Feminino de Voleibol, nos enchendo de jogos espetaculares, e esperança na nossa renovada seleção:
    E mais uma vez, Zé Roberto, quase, consegue o impossível. Com um time renovado, que se junta 3 meses antes de um Mundial do mais alto nível, e dias antes do início, ainda recebia, a sua mais completa atleta, Gabi Guimarães, que se juntou ao grupo, já quase na estreia. O rejuvenescimento era obrigatório, e assim foi encarado.
    Sustos nas primeiras rodadas foram dando lugar a belas e muitas surpresas, como a eleita melhor dupla de bloqueio do Campeonato, Julia Kudiess e Diana. Nosso time bloqueou como nunca. Sim, este fundamento bastante negligenciado virou última cidadela, virou ponto de honra. Afinal, quando conjunto e criatividade faltam, que sobrem braços ao alto, invadindo e abafando lá nas trincheiras inimigas. E tome bloqueios. Se alguém aí viu a semifinal contra as italianas, um duríssimo 3x2 para as ragazzas de azul. Vai entender. As 2 torres romanas se desesperaram buscando, em vão, o chão tupiniquim. No fim, fomos vencidos por meros detalhes, mas ainda temos mais 3 temporadas para acertarem, amadurecerem e entrosarem. Na disputa belo bronze, contra as também fortes japonesas, mais um duelo épico, mais um 3x2, só que desta vez para o nosso lado da quadra. Foi um jogo difícil, que mostrou os brios das meninas do Brasil, e o comando de um mestre! Los Angeles é logo ali, e o ouro pode voltar, sim, a ser nosso! Esse time promete.
  2. E a Volta da Espanha tem que parar e se adaptar, devido a protestos contra guerras e insanidades. A última das 3 grandes Voltas Ciclísticas, que acontecem na Europa, e ora desliza entre as montanhas, já a caminho de Madri, seu fim de linha, neste domingo (14/09), segue, apesar dos protestos pela Palestina destruída. Contrariando a história dos grandes eventos esportivos de antigamente, uns 2600 anos atrás, que cessavam guerras para que as Olimpíadas acontecessem, hoje, a etapa número 16 da “Vuelta” teve que ser encurtada em 8 quilômetros, com a prova em andamento, por conta de protestos perto da chegada, em Mos-Castro de Herville. Os atletas e equipes só foram avisados quando estavam à menos de 15 quilômetros do “novo ponto de chegada”!!
    Enfim, guerras não cessam mais por conta de grandes eventos esportivos, elas, infelizmente, geram possibilidade de dar voz aos que não podem ser ouvidos, ou acabam se tornando armamento de coação, cerceando a possibilidade de uma verdadeira universalização da paz.
    Mas, a Espanha, acostumada a lidar com a mão sangrenta da tirania armada, se reinventou hoje. Foi bonito ver o empenho para conseguirem trocar o pneu de um caminhão em movimento, para dar espaço seguro aos palestinos que receberam apoio da grande parte dos ciclistas na prova, mas ficaram longe da arena de chegada da etapa do dia. A Vuelta segue firme rumo à Madri, democrática, com espaços para vozes fracas, porém decididas. Na liderança, o viking Vingegaard, um dos dois gigantes do ciclismo de estrada atual (o outro é o esloveno Tadej Pogačar), seguido de perto pelo seu vizinho ibérico, João Almeida. A luta continua, metro a metro, até Madri.
  3. Por falar em Volta da Espanha, o #1 do tênis volta a sê-lo, no US Open
    Alcaraz retoma o posto de número 1 do tênis mundial, vence o número 2 (o italiano Sinner, que mostrou não estar longe do #1), e aproveitam para mostrar aos saudosos de Federer, Nadal e, antecipando a aposentadoria de Djoko, fazem uma final digna dos grandes! O que foi aquilo? Que saraivada de tiros, de back e for hand foi aquela? Me senti em casa, parecia que estava na Linha Amarela, a caminho da Avenida Brasil. Mais um US Open para a conta do moleque, além dos 5 milhões de dólares, pela vitória!
  4. Neste sábado, o mundo do Atletismo pousa em Tóquio. Que venha o Mundial!
    Pois é, estamos na contagem regressiva para o Campeonato Mundial de Atletismo, que começa, nesta noite de sexta-feira (o Japão está 12 horas à nossa frente). E já começa com tudo! Muitos dos melhores atletas do mundo acordarão cedo, para rodadas preliminares, mas quem já estreia valendo medalhas é o nosso respeitado time de marchadores e marchadoras (8 atletas, 5 mulheres e 3 homens), capitaneado por Caio Bonfim (2 bronzes em Mundiais e prata olímpico) e mais 2 companheiros, na prova maior, de 35km, e as meninas também, na mesma hora (8 da noite de sexta para nós, manhã de sábado para eles) com equipe completa, com a liderança de Viviane Lyra, já carregando experiência olímpica e mundial. Mas, tem mais, muito mais na primeira sessão do primeiro dia, tanto no campo quanto na pista.
    Na coluna de sexta-feira, faço uma breve (prometo!) análise de nossa equipe e nossas possibilidades durante o Mundial. Iremos também comentar antes do dia começar em Tóquio, quais as provas mais eletrizantes e a participação do time Brasil no dia, com breve projeção de expectativa. No “pacote” também pontuaremos onde deverão acontecer os grandes duelos, e possíveis recordes mundiais. Serão nove, aliás 10 dias (esse fuso confuso…) dignos de um mundial pós-olímpico!
    Ao fim do Mundial, poderemos ter uma ideia melhor do tamanho e peso do grupo que enviaremos para Los Angeles. Uma equipe pouco renovada, mas carregando possíveis gratas surpresas em 2028.
    Até sexta,
    Lauter Nogueira
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