Ex-ciclista medalhista olímpico compartilha luta contra as drogas
Bradley Wiggins lança biografia em 2025 sobre momentos dificeís após sua aposentadoria

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Em entrevista ao jornal britânico ‘The Observer’, o ex-ciclista Bradley Wiggins, medalhista olímpico, dono de cinco ouros, uma prata e dois bronzes, revelou a luta que travava contra o uso de drogas. Ao encerrar sua carreira, em 2016, abusou do uso de cocaína.
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— Eu estava usando muita cocaína e tinha um problema muito sério. Meus filhos iam me internar na reabilitação. Eu estava andando na corda bamba. [...] Houve momentos em que meu filho achou que eu seria encontrado morto pela manhã. Eu era um viciado em atividade. As pessoas não percebiam. Álcool nunca foi minha praia, porque meu pai era alcoólatra. Então, tive que encontrar outra coisa — declarou ex-atleta.
Além de desempenhos campeões nas olimpíadas, Wiggins também subiu ao pódio no Tour da France, em 2012, após ter conquistado seu ouro nas Olimpíadas de Londres na prova do contra o relógio. Em 2025, o ex-ciclista vai lançar sua biografia com o título “The Chain” (A corrente, na tradução livre). O livre contará sobre os problemas que enfrentou com sua aposentadoria, como encarou seu divórcio em 2020 e a forma como lidou com a falência financeira no ano passado.
A sua volta por cima veio com a ajuda de outro companheirom, o também ex-ciclista Lance Armstrong. Wiggins revela que o parceiro esteve por muitos anos preocupado com o seu estado e ia assim, acompanhando sua melhora. Ele ainda contou como o ciclismo ocupa, agora, um lugar de terapia em sua vida e como isso foi resignificado e aprimorado para um lado terapêutico em sua rotina.

— Aceitei nos últimos 12 meses que, por mais que eu tente afastar isso, sou um ciclista, é a minha vida e sempre fará parte da minha vida, [...] Durante anos, eu disse: 'Não sou mais ciclista' e tentei me definir como outra coisa. Toda semana havia algo novo que eu ia fazer, fosse remar, tentar ser médico - todos esses planos malucos que eu inventava, sob efeito de alguma substância. No fim das contas, o ciclismo é onde eu encontro mais prazer. É o meu santuário — compartilhou na entrevista.
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