Lutas

Clubes

Nacionais

escudo do atlético mineiroescudo do botafogoescudo do corinthiansescudo do cruzeiroescudo do flamengoescudo do fluminenseescudo do gremioescudo do internacionalescudo do palmeirasescudo do santosescudo do sao pauloescudo do vasco
logo whatsapplogo instagramlogo facebooklogo twitterlogo youtubelogo tiktok

Lesões nas orelhas dos lutadores, o que acontece? Cirurgião e influencer explica, confira:

A orelha de "couve-flor" é uma das características mais marcantes dos lutadores (Foto: divulgação)
Escrito por

Uma das características mais marcantes dos lutadores, principalmente para quem vê de fora, é a chamada "orelha de couve-flor", lesão na cartilagem que afeta, em sua maioria, atletas de luta agarrada, como Jiu-Jitsu, Judô e Luta-Livre.

Cirurgião plástico especialista no tema, Dr. Ronaldo Soares, formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica de forma técnica o que ocasiona a lesão, chamada pericondrite, e a melhor maneira de preveni-la.

"É causada pelo trauma constante das lutas, através dos atritos e esmagamentos sofridos durante os treinos e combates. A inflamação pode levar à falta de vascularização nas orelhas que, por sua vez, pode provocar a morte do tecido. Essa necrose provoca uma forte reação fibrosa, resultando na formação de nova cartilagem para preencher o espaço lesionado", elucida o médico e influenciador digital da área da saúde.

Ainda de acordo com o Dr. Ronaldo Soares, que utiliza seu instagram com mais de 326 mil seguidores para dar dicas e tirar dúvidas, a melhor maneira de evitar este tipo de lesão é proteger a região com equipamentos próprios, o que é bastante visto em competições de Luta Olímpica, porém ainda é incomum entre lutadores de Jiu-Jitsu.

"Usar protetores auriculares é fundamental. Também é preciso drenar o sangue acumulado assim que ocorrer um trauma auricular com hematoma. Mas, novamente, fazendo o uso correto dos protetores auriculares, as chances de se lesionar diminuem drasticamente", afirma.

O cirurgião também chama a atenção daqueles que costumam drenar o sangue por contra própria em casa ou até mesmo na academia, sem a assepsia que exige tal procedimento.

"O indicado é sempre procurar um pronto-socorro para avaliar o acúmulo de sangue. Caso contrário, pode acarretar em infecções bacterianas", atenta.

É possível também, em casos mais avançados, a correção através de cirurgia.

"Lixamos a cartilagem espessada e irregular para deixar o contorno mais liso", explica Dr. Ronaldo, que costuma fazer de 15 a 30 cirurgias do tipo anualmente. "Cerca de um mês após a cirurgia o paciente está liberado para retomar as atividades."