Faixa-preta cria curso para professores que desejam ministrar aulas a jovens autistas; saiba mais

Felipe Nilo desenvolveu o curso “Lutas e Autismo”, com uma metodologia diferenciada e aprimorada de aulas a serem ministradas pelos professores de artes marciais às crianças, adolescentes e jovens autistas

(Foto: Divulgação)
Faixa-preta Felipe Nilo desenvolveu curso envolvendo artes marciais e autismo (Foto: Divulgação)

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Com grande experiência no Jiu-Jitsu, Judô e até mesmo no MMA, Felipe Nilo está colocando em prática mais uma ação que visa agregar ao seu exemplar trabalho voltado para crianças especiais com foco no autismo. O faixa-preta desenvolveu o curso “Lutas e Autismo”, com uma metodologia diferenciada e aprimorada de aulas a serem ministradas pelos professores de artes marciais às crianças, adolescentes e jovens autistas. Para isso, Felipe traz a experiência como professor e atleta de rendimento, somados ao conhecimento adquirido em ABA (Applied Behavior Analysis), em português Análise do Comportamento Aplicada, ciência de origem da Análise do Comportamento.

As aulas terão o comando de Felipe Nilo e um convidado, onde serão apresentados conteúdos atualizados sobre o autismo no mundo, além da inclusão social através das artes marciais, benefícios das lutas para crianças especiais, bem como dicas valiosas para os professores em lidar com alunos autistas. A edição do curso contará com um módulo complementar, que consiste em aulas de Psicomotricidade voltada para os esportes, justamente para quem deseja obter um olhar integral e multidisciplinar sobre o aluno.

- É um curso bem exclusivo, que ainda não existe no mercado. A ideia é capacitar e preparar professores que queiram trabalhar com crianças especiais, com foco no autismo, mas que queiram trabalhar com todos os públicos especiais. A ideia do curso não é formar atletas e nem nada do tipo, é poder auxiliar os professores a atenderem essas crianças, jovens e adultos especiais. Hoje, no Brasil, temos cerca de 2 milhões de autistas, fora crianças com paralisia cerebral, síndromes raras e outras questões. Nas últimas revisões científicas e bibliográficas, o esporte/atividade física entrou como integração precoce no tratamento do autismo. Atualmente, a atividade física é considerada terapia para o tratamento de crianças autistas. Antes disso, eu já atuava com esporte para nossas crianças, depois disso, conseguimos aprofundar ainda mais - disse Felipe, que prosseguiu na sequência.

- Hoje, o que fazemos é baseado em evidências científicas, e infelizmente, não são todas as famílias que conseguem tratamento adequado para os filhos com autismo, por conta de valores de tratamentos e terapias. Então, pensando nessa dificuldade, a ideia do nosso curso é capacitar o maior número de professores de artes marciais possíveis, não só no Brasil, como no mundo. No mundo, são cerca de 70 milhões de autistas, no Brasil, são 2 milhões. Atualmente, temos academias de Jiu-Jitsu, Judô, Boxe, Muay Thai, Taekwondo e outras artes marciais a cada esquina pelo mundo. À medida que conseguirmos treinar e capacitar esses professores, nós vamos conseguir oferecer mais uma ferramenta de terapia para essas crianças e famílias, onde a gente vai conseguir levar superação e transformação para elas - concluiu.

O curso, além de professores e instrutores de artes marciais, também terá como público estagiários de Psicologia, Pedagogia e Educação Física. Psicólogos, terapeutas e pais também poderão participar do programa, que terá carga horária de 40h e entrega de certificado por e-mail em até cinco dias. Para mais informações, siga Felipe Nilo no Instagram através da página @felipenilooficial.

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