Aos 40, Glover analisa luta contra Smith e sonha com cinturão do UFC: ‘Falta isso na minha carreira’

Embalado por três vitórias seguidas, brasileiro Glover Teixeira enfrenta Anthony Smith na luta principal do UFC Fight Night 171, que acontece nesta quarta-feira (13); confira

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Glover (à esquerda) vai atrás da sua quarta vitória consecutiva no Ultimate (Foto: Reprodução Instagram)

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No auge de seus 40 anos, Glover Teixeira vive a expectativa de mais uma “corrida” rumo ao cinturão. Embalado por três vitórias consecutivas, sendo duas delas por finalização, o brasileiro ocupa atualmente a oitava colocação no ranking meio-pesado do Ultimate e, na quarta-feira (13), terá pela frente o americano Anthony Smith, terceiro colocado na lista, na luta principal do UFC Fight Night 171, que será realizado em Jacksonville, na Flórida (EUA).

Para o mineiro, sua experiência é um fator determinante na busca por um novo title shot. Glover já disputou o cinturão dos meio-pesados em 2014, sendo derrotado por Jon Jones na decisão unânime após cinco rounds, e soma outros combates contra oponentes da elite da divisão. Em entrevista à TATAME, o lutador brasileiro falou da expectativa de chegar próximo à disputa de título em caso de um triunfo sobre Smith.

- O cinturão ainda está na minha cabeça, sim, ainda mais porque eu venho de boas vitórias. Vencendo essa luta contra o Smith, eu volto a ficar bem perto de uma disputa de título. Eu já estive perto do cinturão várias vezes, já lutei pelo título, então certamente o cinturão é a única coisa que falta na minha carreira. Mas não encaro como uma pressão. Eu já tive isso antes, mas agora, mais experiente, procuro pensar luta a luta - afirmou.

Confira a entrevista com Glover Teixeira na íntegra:

– Academia fechada e preparação em meio à quarentena


Minha academia acabou fechando para aulas em março por conta de toda essa situação envolvendo o coronavírus, foi a ordem que recebemos. Nesse período, eu já estava em processo de camp e consegui fechar quatro pessoas para me auxiliarem nessa preparação, com os devidos cuidados, é claro. Minha academia estava fechada e eu continuei indo lá apenas para treinar, com meu treinador e poucos parceiros de treino. A rotina foi essa, da academia para casa, de casa para a academia, tomando todas precauções.

– Maior dificuldade em se preparar na atual situação

A maior dificuldade foi em relação às pessoas que eu costumo treinar e não puderam treinar comigo por conta de toda essa situação. Mas a gente conseguiu fazer o camp com quatro pessoas e não tenho do que reclamar, foi uma preparação perfeita, com ótimas pessoas ao meu lado. Agora é colocar toda a experiência que nós temos em jogo nessa luta e fazer de tudo para sair com uma vitória na quarta-feira.

– Análise do seu confronto contra o Anthony Smith

Vai ser uma luta dura, porque tanto em pé quanto no chão, o cara é bom. Acho que vai ser um duelo bem imprevisível, porque qualquer um de nós pode nocautear ou até mesmo levar para o chão e finalizar. Vai ser um combate parecido com o que fiz contra o Krylov, que foi uma luta lá e cá, mas eu consegui sair vitorioso.

– Probabilidade do Smith levar o combate para o chão

Não sei se ele vai chegar a levar a luta para o chão, de fato, mas ele tem condições para isso, e também para manter a luta em pé. Ele não é um cara só do Wrestling, como outros caras da divisão. Ele tem chances em pé e no chão, assim como eu, e me preparei muito para poder estar bem em todas as situações que a luta se desenrolar. Para falar a verdade, eu nem sei como vai ser essa luta, até porque eu procuro analisar isso justamente na hora da luta. Mas, primeiramente, eu sempre procuro buscar o nocaute. Se for preciso levar para o chão, eu levo, mas vamos ver como tudo vai ser no decorrer.

– Foco em conquistar o cinturão meio-pesado do UFC

O cinturão ainda está na minha cabeça, sim, ainda mais porque eu venho de boas vitórias. Vencendo essa luta contra o Smith, eu volto a ficar bem perto de uma disputa de título. Eu já estive perto do cinturão várias vezes, já lutei pelo título, então certamente o cinturão é a única coisa que falta na minha carreira. Mas não encaro como uma pressão. Eu já tive isso antes, mas agora, mais experiente, procuro pensar luta a luta.

– Possíveis adversários na corrida pelo title shot

Eu não escolho luta. Claro que respeito todos os lutadores e tenho um grande respeito por cada um, mas eu luto com todos que estiverem na minha frente. Eu quero chegar ao topo, quero o cinturão e é isso que importa. Primeiro eu tenho que passar pelo Anthony Smith, mas depois, já quero voltar a treinar.

– Polêmicas envolvendo o atual campeão Jon Jones

Eu nunca acreditei que em algum momento o UFC fosse punir o Jon Jones a ponto de tirar o cinturão dele. Ele já chegou a fazer coisas piores, teve um caso de atropelamento envolvendo uma mulher grávida, entre outras coisas, mas sobre essa última polêmica envolvendo o nome dele, realmente não passou pela minha cabeça que o UFC fosse puni-lo, e pelo visto, de fato, ele não vai,

CARD COMPLETO:

UFC Fight Night 171
Jacksonville, na Flórida (EUA)
Quarta-feira, 13 de maio de 2020

Card principal

Peso-meio-pesado: Anthony Smith x Glover Teixeira
Peso-pesado: Ben Rothwell x Ovince St-Preux
Peso-leve: Alexander Hernandez x Drew Dober
Peso-mosca: Ricky Simón x Ray Borg
Peso-médio: Marvin Vettori x Karl Roberson

Card preliminar
Peso-pesado: Andrei Arlovski x Philipe Lins
Peso-leve: Michael Johnson x Thiago Moisés
Peso-galo: Sijara Eubanks x Sarah Moras
Peso-leve: Gabriel Benitez x Omar Morales
Peso-pena: Hunter Azure x Brian Kelleher
Peso-pesado: Chase Sherman x Ike Villanueva

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