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Show de Senna em Mônaco-1984: Toleman, na chuva e a ‘quase’ vitória

Ayrton Senna protagonizou uma das maiores atuações da história da F1.

Senna - Mônaco 1984
imagem cameraSenna cruza a linha em segundo no GP de Mônaco de 1984, mas teria vencido se a prova durasse mais uma volta. (AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 23/05/2025
07:28

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Ayrton Senna encantou no GP de Mônaco em 1984, terminando em segundo após largar em 13º.
A corrida foi marcada por forte chuva e acidentes, afetando vários pilotos.
Senna se destacou, diminuindo a diferença para o líder Alain Prost com voltas rápidas.
A corrida foi interrompida pela bandeira vermelha, resultando em polêmica sobre a classificação.
O desempenho de Senna valorizou sua carreira e levou à sua contratação pela Lotus.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

O dia 3 de junho de 1984 marcou o nascimento de uma lenda na Fórmula 1. Em sua temporada de estreia e pilotando o modesto carro da equipe Toleman, Ayrton Senna encantou o mundo no GP de Mônaco. Em uma corrida marcada pela chuva intensa e visibilidade quase nula, o brasileiro largou da 13ª posição e cruzou a linha de chegada em segundo, a poucos metros de ultrapassar Alain Prost, que liderava com sua McLaren. O Lance! relembra o show de Senna em Mônaco, no GP de 1984.

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A performance impressionante de Senna sob condições extremas revelou ao mundo seu talento fora de série e inaugurou sua fama como o maior piloto da história em pistas molhadas.

Show de Senna em Mônaco, 1984

Corrida caótica: chuva, acidentes e surpresas

A corrida foi disputada sob forte chuva e spray. O traçado estreito e escorregadio de Monte Carlo se tornou um campo de armadilhas para os pilotos. Logo na primeira curva, um acidente entre Derek Warwick e Patrick Tambay provocou lesões e abandono imediato. Outros nomes importantes como Nelson Piquet, Nigel Mansell, Andrea de Cesaris e Niki Lauda também abandonaram antes da metade da prova, em condições extremamente adversas.

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Enquanto os líderes sofriam, Senna escalava o pelotão com precisão milimétrica e ritmo impressionante. Em poucos giros, deixou para trás carros muito mais potentes, como Ferrari, Renault e Brabham, mesmo pilotando o pouco competitivo Toleman-Hart.

A perseguição a Prost: a volta mais rápida e o drama em Mônaco

Senna não apenas subiu para segundo lugar como passou a tirar cerca de quatro segundos por volta do líder Alain Prost. O francês, mesmo com o melhor carro do grid à época, sofria com falta de aderência e freios frios. Enquanto isso, o brasileiro cravava voltas voadoras, inclusive a volta mais rápida da corrida, com 1:54.334 no giro 24 — sua primeira volta rápida na F1.

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A diferença entre os dois caiu drasticamente. Na volta 31, Senna já enxergava a traseira da McLaren e se preparava para o ataque final. Porém, ao passar pela reta dos boxes, Prost gesticulou para os fiscais, pedindo a paralisação da prova. No giro seguinte, a bandeira vermelha foi acionada pelo diretor de prova Jacky Ickx, encerrando prematuramente o espetáculo.

O momento polêmico: Senna cruza em primeiro, mas não vence

Com a bandeira vermelha acionada ao fim da volta 32, as regras da época determinavam que a classificação válida seria a da volta anterior — a volta 31. Senna havia ultrapassado Prost antes da linha, mas isso não foi considerado. O brasileiro terminou oficialmente em segundo, com 7,4 segundos de desvantagem.

A decisão causou grande polêmica. Muitos acusaram Jacky Ickx de favorecer a Porsche, fornecedora de motores para a McLaren, equipe de Prost. Na época, Ickx também era piloto oficial da Porsche em provas de endurance, o que aumentou as suspeitas. A FIA chegou a suspender Ickx de suas funções por tomar a decisão sem consultar os comissários.

Apesar da frustração, aquele segundo lugar foi suficiente para mostrar ao mundo que um novo astro havia surgido na Fórmula 1.

Detalhes da corrida de Mônaco: a improvável Toleman no pódio

Ayrton Senna largou em 13º, com um tempo 2,3 segundos mais lento que o pole Alain Prost. Em um circuito onde ultrapassar é extremamente difícil, e sob um verdadeiro dilúvio, o brasileiro conseguiu:

  1. Subir 11 posições em 31 voltas
  2. Marcar a volta mais rápida da corrida
  3. Terminar a menos de 8 segundos do vencedor
  4. Colocar a Toleman no segundo pódio da história da equipe

A Toleman, que jamais venceria uma corrida na Fórmula 1, teve seu momento de glória graças ao talento do estreante brasileiro. O desempenho foi tão marcante que, pouco tempo depois, Senna assinaria com a Lotus para a temporada seguinte.

O brilho de Bellof e a glória efêmera

Outro nome que brilhou em Mônaco 1984 foi o alemão Stefan Bellof, que largou em último lugar com seu Tyrrell sem turbo e chegou em terceiro, antes de ser desclassificado meses depois devido a irregularidades técnicas da equipe. Ainda assim, sua atuação é lembrada como uma das grandes exibições em Mônaco.

No papel, o pódio oficial da corrida ficou com:

1 - Alain Prost (McLaren-TAG)

2 -Ayrton Senna (Toleman-Hart)

3 - René Arnoux (Ferrari) – após a desclassificação de Bellof

Mas na memória dos fãs, o GP de Mônaco de 1984 pertence a Ayrton Senna — pela coragem, talento e espetáculo que proporcionou em meio ao caos da chuva.

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