Corredores profissionais podem usar relógio e fone de ouvido?
Conheça as normas que proíbem comunicação externa e áudio em competições.

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Participar de provas de alto nível no atletismo exige não apenas preparo físico, mas também o cumprimento rigoroso das regras. Entre as proibições mais relevantes estão o uso de dispositivos que permitem comunicação externa, como relógios inteligentes com conexão ativa e fones de ouvido durante a prova. O Lance! responde se corredores profissionais podem usar relógio e fone de ouvido?
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Essas restrições têm como objetivo principal preservar a integridade da competição, evitando que atletas recebam instruções externas ou estímulos que possam influenciar no desempenho. A proibição também tem relação com a segurança do percurso, já que o uso de fones compromete a percepção auditiva de avisos importantes durante a corrida.
Entenda a seguir o que está por trás dessas regras, quais são as penalidades previstas e por que o uso desses equipamentos é tratado com tanta seriedade entre os profissionais.
Corredores profissionais podem usar relógio e fone de ouvido?
Por que relógios conectados são proibidos
Nas principais competições de atletismo, é proibido que os corredores profissionais usem relógios com capacidade de receber instruções externas em tempo real, como aqueles com conexão por bluetooth, wi-fi ou rede móvel. A justificativa é simples: permitir esse tipo de comunicação poderia gerar vantagem estratégica a partir de comandos de treinadores, preparadores ou até inteligência artificial durante a prova.
O que é permitido são os relógios simples de cronometragem, sem qualquer tipo de alerta automático, vibração programada ou conexão ativa durante a corrida. A ideia é que o atleta dependa exclusivamente da sua percepção de ritmo, estratégia própria e capacidade física, sem qualquer tipo de auxílio tecnológico no momento da competição.
Por que fones de ouvido são proibidos
O uso de fones de ouvido também é proibido para corredores de elite, tanto para escutar música quanto para receber qualquer tipo de instrução. Essa proibição é baseada em três pilares fundamentais:
- Segurança: o atleta precisa estar atento a comandos da arbitragem, avisos da organização e até movimentos de outros corredores. Os fones prejudicam essa percepção.
- Igualdade competitiva: ouvir música pode interferir no rendimento emocional e físico do atleta, alterando a cadência e a motivação. Isso pode ser visto como vantagem indevida.
- Evitar comunicação externa: fones também podem ser usados para instruções ao vivo por áudio, o que quebraria completamente a lógica de competição individual.
Em provas amadoras de corrida, o uso de fones de ouvido costuma ser tolerado — especialmente quando não há premiação envolvida ou registro em ranking oficial. Já entre os profissionais, o uso pode levar à desclassificação imediata.
Penalidades previstas nas corridas
Caso o uso de dispositivo proibido seja identificado, o atleta pode sofrer advertência, perda de colocação ou desclassificação direta, dependendo da gravidade e do regulamento da competição. Em muitos eventos, os fiscais realizam inspeções antes da largada para garantir que todos os corredores estejam em conformidade com as regras.
Se for verificado que um atleta utilizou fone de ouvido ou relógio conectado durante o percurso da corrida, o júri técnico pode revisar imagens, consultar relato de fiscais e aplicar punição mesmo após a conclusão da prova. Isso vale especialmente para provas com premiação ou pontos válidos para rankings internacionais.
A lógica por trás das restrições nas corridas
Essas regras foram implementadas para garantir que as competições sejam vencidas por mérito esportivo, sem qualquer tipo de influência tecnológica externa. O uso de música, por exemplo, pode ajudar o atleta a manter o ritmo, reduzir a percepção de dor e melhorar o estado emocional durante a corrida — tudo isso é interpretado como vantagem artificial.
Da mesma forma, permitir comunicação por voz ou mensagem durante uma prova quebraria a independência tática do atleta e abriria precedentes para o uso de algoritmos que ajustem o ritmo ideal em tempo real, tirando completamente o caráter humano da competição.
As federações e organizadores reforçam constantemente que o atletismo é uma modalidade que exige não apenas capacidade física, mas também autonomia, estratégia pessoal e controle emocional, todos elementos que devem vir do próprio atleta — e não de estímulos tecnológicos.
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