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Por onde anda João Paulo, ex-atacante do Santos?

Ídolo santista nos anos 70 e 80, o "Papinha da Vila" marcou época no clube.

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/12/2025
06:59
João Paulo em ação pelo Santos durante a era dos “Meninos da Vila”. (Divulgação/Santos)
imagem cameraJoão Paulo em ação pelo Santos durante a era dos “Meninos da Vila”. (Divulgação/Santos)

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João Paulo, conhecido como "Papinha da Vila", foi um dos grandes jogadores do Santos nos anos 1970 e 1980, se destacando como artilheiro da Libertadores de 2001.
Ele participou ativamente das conquistas do Santos, com 412 partidas e 103 gols, sendo o 4º maior artilheiro da era pós-Pelé.
Após sua carreira como jogador, João Paulo trabalhou como supervisor nas categorias de base do Santos até 2018 e continua ligado ao clube.
Resumo supervisionado pelo jornalista!

João Paulo de Lima Filho, o "Papinha da Vila", é um dos nomes mais reverenciados da história santista. Ponta-esquerda habilidoso, veloz e inteligente, brilhou intensamente entre o fim da década de 1970 e o início dos anos 1980, tornando-se um dos maiores jogadores do clube na era pós-Pelé. Sua trajetória, marcada por dribles rápidos, cruzamentos precisos e gols decisivos, ainda desperta saudade em gerações de torcedores do Santos. O Lance! te conta por onde anda João Paulo.

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Nascido em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, João Paulo passou pela infância humilde trabalhando no cais do porto, enquanto alimentava o sonho de ser jogador. O talento chamava atenção nos campos da cidade e o levou ao Pavunense, antes de surgir para o futebol nacional no São Cristóvão em 1976. Foi ali que representantes do Santos identificaram a joia que se tornaria protagonista nos anos seguintes.

Em 1977, já como uma aposta promissora, João Paulo desembarcou na Vila Belmiro e rapidamente encantou pelo estilo agressivo, pelo corte curto para o fundo e pela velocidade impressionante — chegava a percorrer 25 metros em apenas três segundos. A partir de outubro daquele ano, tornou-se titular absoluto de Otto Glória, assumindo a camisa 11 e nunca mais deixando de ser referência ofensiva do Peixe.

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O auge veio entre 1978 e 1983, período em que integrou o marcante ataque formado por Juary, Nilton Batata, Pita e Aílton Lira. Foi um dos líderes do título paulista de 1978, guiou o time nas competições nacionais e internacionais e recebeu convocações para a Seleção Brasileira. Ao todo, disputou 412 partidas e fez 103 gols pelo Santos, sendo o 4º maior artilheiro da era pós-Pelé.

A consolidação de João Paulo no Santos e o protagonismo no fim dos anos 70

João Paulo cresceu rapidamente no elenco santista. Após breve período como reserva, firmou-se em 1977 e viveu grande fase no Estadual de 1978, conquistando o título e tornando-se peça-chave do ataque mais promissor da geração. Sua capacidade de acelerar, driblar curto e cruzar com precisão fez dele um dos pontas mais perigosos do país.

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Nos anos seguintes, participou de campanhas marcantes, como o vice-campeonato brasileiro de 1983, além de levantar o Torneio Vencedores da América e o Torneio Cidade de Pamplona, ambos em 1983. Seu futebol sólido e inteligente o levou à Seleção Brasileira, incluindo amistosos e participação em excursões pela Europa.

Passagem pelo Flamengo e os longos anos no Corinthians

Em 1984, João Paulo deixou o Santos e se transferiu para o Flamengo. Foram poucos meses no clube carioca, com 40 jogos e quatro gols, antes de outra mudança marcante: a ida para o Corinthians, em setembro daquele mesmo ano.

No Parque São Jorge, contrariando a desconfiança inicial, tornou-se regular e importante, permanecendo mais de cinco temporadas. Disputou 259 partidas e marcou 36 gols, sendo parte ativa do elenco no período de reconstrução corintiana. A consistência transformou o ponta em um dos jogadores mais duradouros do Corinthians nos anos 80.

O ciclo final da carreira e o retorno à Vila Belmiro

Após a passagem no Corinthians, João Paulo ainda atuou pelo Palmeiras em 1990, mas já não apresentava o mesmo vigor físico. Em seguida, viveu sua experiência internacional no Japão, pelo Yamaha, antes de retornar ao Brasil para defender São José e Grêmio Maringá.

Em 1992, voltou ao Santos para uma última passagem. Mas o retorno foi curto: disputou poucos jogos e se despediu do clube e do futebol profissional naquele mesmo ano, encerrando uma carreira de 16 temporadas e quase 500 partidas, somando todos os clubes.

História de João Paulo com a Seleção Brasileira

João Paulo foi convocado diversas vezes entre 1979 e 1983, participando de amistosos e excursões internacionais. Fez quatro jogos oficiais com a camisa da Seleção e um não-oficial, destacando-se especialmente em duelos contra Chile, Suécia e a seleção mineira. Embora não tenha marcado gols, deixou boa impressão em parte da imprensa esportiva.

Legado no Santos

A relevância de João Paulo para o Santos é incontestável. Além de 412 jogos e 103 gols, conquistou títulos importantes, participou de gerações marcantes e tornou-se símbolo de técnica, velocidade e inteligência. É até hoje lembrado pelos torcedores e ocupa posição de destaque em listas históricas produzidas pelo clube.

Por onde anda João Paulo?

Após pendurar as chuteiras em 1992, João Paulo permaneceu ligado ao Santos. Trabalhou por anos como supervisor das categorias de base, função que exerceu até 2018, tornando-se uma figura importante na formação de novas gerações do clube.

Hoje, vive na cidade de Santos com a família, próximo da Vila Belmiro que marcou sua carreira. Continua participando de eventos esportivos, ações comemorativas e entrevistas relacionadas à história do Peixe. Mantém rotina discreta, mas sempre aparece em atividades ligadas ao clube e é presença frequente em homenagens a ex-jogadores.

Clubes da carreira de João Paulo

  • Pavunense (amador)
  • São Cristóvão
  • Santos (1977–1984)
  • Flamengo (1984)
  • Corinthians (1984–1989)
  • Palmeiras (1990)
  • Yamaha (1990)
  • São José (1991)
  • Grêmio Maringá (1991)
  • Santos (1992)
  • Náutico (1992–1993)
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