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Como funciona o VAR no Brasileirão: protocolo, cabine e lances revisados

Entenda como funciona o VAR no futebol brasileiro, o protocolo e os lances.

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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 05/12/2025
07:39
VAR no Brasileirão
imagem cameraÁrbitro revisando a imagem do VAR durante uma partida do Campeonato Brasileiro. (Foto: Maga Jr/Agência F8/Gazeta Press)

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VAR é usado no Campeonato Brasileiro para corrigir erros de arbitragem
A intervenção do VAR é restrita a quatro situações: gols, pênaltis, cartões vermelhos diretos e erro de identidade
A cabine do VAR, chamada VOR, é equipada para análise rápida e precisa
Resumo supervisionado pelo jornalista!

A tecnologia do Árbitro de Vídeo, conhecida pela sigla VAR (Video Assistant Referee), tornou-se parte fundamental das partidas do Campeonato Brasileiro. Desde sua implementação definitiva, o sistema vem sendo utilizado para corrigir erros claros e óbvios e dar mais precisão às decisões de arbitragem dentro de campo. Apesar de estar presente em todas as rodadas, muitos torcedores ainda têm dúvidas sobre como o protocolo funciona e em quais situações o VAR pode interferir no jogo. O Lance! explica como funciona o VAR no Brasileirão.

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O funcionamento do VAR no Brasil segue rigorosamente o protocolo da International Football Association Board (IFAB), órgão responsável pelas regras do futebol no mundo. A CBF adotou integralmente essas diretrizes, que determinam tanto a estrutura da cabine quanto os limites de atuação da arbitragem de vídeo. O objetivo é garantir que a intervenção seja mínima, restrita e voltada apenas para lances decisivos.

A central onde o VAR opera é conhecida como VOR (Video Operation Room). Ali, uma equipe especializada acompanha o jogo em tempo real por diversas câmeras, sempre pronta para checar lances capitais. A comunicação com o árbitro de campo ocorre via rádio, e a decisão final permanece sempre nas mãos do árbitro principal.

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O sistema foi criado para reduzir erros, mas não para transformar o VAR em protagonista do espetáculo. Por isso, o protocolo é rígido: apenas quatro tipos de situações podem ser revisadas, e toda intervenção precisa corrigir um erro claro ou uma incidência não vista pela arbitragem de campo.

Compreender como a cabine opera, quem participa da equipe e quais lances estão sujeitos à revisão ajuda a entender melhor a dinâmica do futebol moderno e o impacto do VAR nas partidas do Brasileirão.

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Como funciona o VAR no Brasileirão

A estrutura e operação da cabine do VAR

A cabine do VAR — a VOR — é um ambiente isolado, equipado com monitores de alta definição e acesso a todas as câmeras oficiais da transmissão. Cada membro da equipe tem uma função específica para garantir análises rápidas e precisas.

VAR (Árbitro de Vídeo)
É o responsável pela operação. Geralmente um árbitro experiente, ele acompanha a partida pelo monitor principal, identifica possíveis erros claros e se comunica diretamente com o árbitro de campo.

AVAR (Assistente de Árbitro de Vídeo)
Auxilia o VAR observando jogadas paralelas ou lances que ocorrem fora da área de foco da revisão, evitando que qualquer incidente relevante passe despercebido.

AVAR2
Especialista em impedimentos, opera o software que traça as linhas e analisa lances de potencial posição irregular em jogadas de gol.

OR (Operador de Replay)
É o técnico que controla o sistema de imagens. Ele seleciona ângulos, acelera ou desacelera o vídeo e entrega ao VAR o material necessário para a análise.

Quais tipos de lances podem ser revisados pelo VAR

O protocolo do VAR é restritivo para manter o ritmo natural da partida. Apenas quatro situações podem gerar intervenção:

Gols
Todos os gols são checados automaticamente. A equipe verifica impedimentos, faltas na origem da jogada e se a bola cruzou totalmente a linha.

Pênaltis
O VAR pode recomendar marcação ou cancelamento de uma penalidade. A análise observa se houve contato, se a infração ocorreu dentro da área e se existiu simulação.

Cartões vermelhos diretos

Somente expulsões diretas podem ser revisadas — nunca o segundo amarelo. O VAR intervém para indicar um vermelho claro não aplicado ou para corrigir uma expulsão injusta.

Erro de identidade
Quando o árbitro penaliza o jogador errado, o VAR intervém para corrigir a identificação.

O passo a passo de uma revisão no VAR

A revisão segue um protocolo rígido para minimizar impacto no jogo:

1. Checagem silenciosa

O VAR analisa automaticamente os lances capitais sem parar o jogo. Se nada irregular é encontrado, a partida segue.

2. Início da revisão

Quando um erro claro é identificado, o VAR comunica o árbitro de campo. A revisão também pode começar por dúvida do próprio árbitro.

3. Análise e recomendação

O VAR descreve o que as imagens mostram e recomenda ação. O árbitro pode aceitar ou optar por verificar no monitor (OFR – On-Field Review).

4. Decisão final

Após revisar ou ouvir o VAR, o árbitro principal decide e comunica a marcação para reinício da partida.

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