Tiros certeiros: a mudança no perfil de investimento que tornou o PSG ‘imparável’
Clube aposta em elenco jovem e conectado com o projeto de jogo de Luis Enrique

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O Paris Saint-Germain disputa nesse domingo (13) uma decisão que vale mais que a taça de campeão do Mundial de Clubes. O título representa, também, um atestado de soberania do futebol global diante dos títulos conquistados na temporada 2024/25 e a forma como tem atuado dentro de campo sob comando de Luis Enrique. O status de "imparável" surge após anos seguidos de fracassos e frustrações, principalmente diante do alto investimento, o que fez o clube mudar seu perfil no mercado.
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Ao longo das duas últimas temporadas, o PSG passou a apostar numa estratégia diferente e gastar o dinheiro visto como "infinito" de forma mais certeira, diminuindo a quantidade de atletas que frustraram a diretoria, comissão técnica e torcedores. As cifras podem continuar sendo altas, mas elas passaram a ganhar um sentido e, no atual elenco, começam a "se pagar".
Essa mudança de comportamento pode ser evidenciada pelos números. A última vez que o PSG investiu mais de 100 milhões de euros em um atleta foi em Mbappé, em 2018/19, quando gastou 180 milhões de euros. Uma temporada antes, pagou 222 milhões de euros em Neymar. Desde então, o clube apostou que as grandes estrelas, ao lado de Messi, que chegou de graça, mas com um salário estratosférico, dariam resultado esportivo, o que não aconteceu.
Foi após as saídas de Neymar e Messi, ainda com Mbappé no time e com a esperança de que ele ajudaria a garantir títulos de peso, que o PSG passou a ser mais assertivo em suas ações no mercado da bola. A virada de chave acontece, não coincidentemente, junto com a chegada de Luis Enrique, experiente treinador espanhol que passou a trazer sentido para o estilo de jogo feito em Paris e o tipo de jogador que se encaixa no projeto. Não à toa, abriu mão do astro francês e foi campeão nesta mesma temporada.
Desde a contratação de Luis Enrique, o PSG trouxe, por exemplo, Dembelé, Barcola, Gonçalo Ramos, Desiré Doué, Kvaratskhelia, João Neves e Pacho. Uns mais titulares que os outros, mas todos fundamentais para o tipo de tática usada pelo técnico espanhol e para as campanhas marcantes na Liga dos Campeões e no Mundial de Clubes.
Dos nomes citados, três fazem parte do top dez mais caros da história do PSG. Kvaratskhelia é o quarto (R$ 454 mi), Gonçalo Ramos é o sexto (R$ 422 mi) e João Neves é o décimo (R$ 389 mi). Além dos nomes citados, outros, que chegaram um pouco antes de Luis Enrique, passaram a ganhar importância no time e se tornaram protagonistas, como Vitinha e Nuno Mendes, considerados um dos melhores em suas posições mundialmente.

Elenco renovado
Sem a pretensão de ter estrelas globais no seu elenco, o PSG passou a apostar em uma estratégia que já é conhecida e vista em clubes como Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique, em que os clubes maiores atuam como "predadores" de clubes menores ou menos ricos da liga nacional e que também miram joias de times de ligas menos competitivas na Europa.
Foi assim que Barcola e Désiré Doué chegaram ao Paris Saint-Germain. A dupla deixou Lyon e Rennes, respectivamente, para atuar no PSG e se tornaram peças importantes para o elenco, mesmo com idades abaixo dos 20 anos. A montagem do elenco com atletas novos se tornou comum no clube. Chegaram Pacho, João Neves e Kvaratskhelia na última janela, todos com menos de 25 anos de idade.
Ou seja, o dinheiro continua sendo um fator importante para a montagem do PSG e para torná-lo competitivo. Entretanto, as cifras não dizem respeito sobre a qualidade do jogador, que passou a ser analisada de forma mais rigorosa e alinhada com o projeto de futebol encabeçado por Luis Enrique.
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