Clubes gastam valor bilionário com agentes em 2025, e empresários brasileiros são destaques
Avanço com comissões no futebol feminino também cresceram e chegam a US$ 6,2 milhões

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A Fifa divulgou, na sexta-feira (19), o Relatório de Agentes de Futebol, que mostra que os clubes de todo o mundo bateram recorde com gastos com agentes de futebol, de US$ 1,37 bilhão (R$ 7,56 bilhões, na cotação atual), relacionadas às transferências internacionais entre 1º de janeiro e 1º de dezembro. Destaque para os empresários brasileiros, que estão entre os cinco que mais receberam comissões no futebol masculino.
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Os profissionais obtiveram lucro de US$ 97,2 milhões (R$ 536 milhões), atrás apenas de Inglaterra, França, Itália e Espanha. No cenário mundial, comparando com 2024, houve um aumento muito grande em investimento: mais de 90%.
A maior parte desses valores vem da Europa, em especial Inglaterra, que aparece em primeiro com US$ 375 milhões em comissões para agentes, e Alemanha, com US$ 165 milhões. No total, foram 3.010 transferências internacionais de clubes, representando um crescimento de 38,1% em relação ao ano anterior.
Diferentemente do protagonismo dos empresários brasileiros, o Brasil não aparece entre os países que mais desembolsaram valores com agentes.
— Os atletas vem recebendo mais dinheiro a cada ano, e quem trabalha por eles, comissionado por esses ganhos, naturalmente vai receber mais também. Além disso, agências tem sido cada vez mais requisitadas por clubes, por serviços mais qualificados e de longa duração, desde a prospecção de atletas ainda em formação, e é natural que serviços melhores custem mais. Quem oferece os melhores serviços tem maior demanda e é melhor remunerado por eles — analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que gerencia a carreira de centenas de atletas.
Crescimento do futebol feminino
Outro dado relevante do relatório é quanto ao crescimento do futebol feminino, com gastos que chegaram a US$ 6,2 milhões com serviços de agentes, 13 vezes superior ao registrado em 2020 e mais que o dobro do total do ano passado.
O relatório também aponta um aumento significativo no número de profissionais habilitados. O exame de agentes da Fifa, realizado de forma 100% online, registrou 16.117 inscrições, o maior número da história. Reino Unido, França, Estados Unidos, Espanha e Brasil lideraram a lista de candidatos, e atualmente mais de 10,5 mil agentes estão licenciados pela entidade.
— Uma atividade relevante e complexa, realizada por profissionais qualificados e devidamente habilitados. Esta é a realidade atual dos agentes de jogadores. Em um mercado de futebol cada vez mais globalizado, com regras distintas e interesses múltiplos, os agentes se tornaram peças-chave na engrenagem do futebol internacional, apoiados por equipes e estruturas profissionais que incluem advogados especializados em legislação esportiva, tributária e societária internacional, garantindo segurança jurídica às operações e aos seus clientes — acrescenta o advogado especialista em direito esportivo, Cristiano Caús, sócio do CCLA Advogados.
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