menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Pitaco do Guffo: o Internacional piorou com Ramón Díaz

Em menos de dois meses, o trabalho do técnico não encontrou sintonia com os jogadores

Ramón Díaz, técnico do Internacional
imagem cameraRamón Díaz, técnico do Internacional, à beira do campo no jogo contra o Vitória no Barradão (Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional)
Autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, esse texto não reflete necessariamente a opinião do Lance!
Dia 07/11/2025
00:13

  • Matéria
  • Mais Notícias

Após perder por 1 a 0 para o Vitória, no Barradão, na quarta-feira (5), o Internacional ficou apenas a três pontos da zona de rebaixamento. Mas isso não seria problema se o futebol apresentado pela equipe mostrasse evolução. Em menos de dois meses, o trabalho do técnico não encontrou sintonia com os jogadores e é visível que o Internacional piorou com Ramón Díaz.

continua após a publicidade

Em nove jogos, foram duas vitórias, três empates e quatro derrotas, gerando um aproveitamento de 33% dos pontos disputados. Geralmente, os times rebaixados giram em torno dos 30% de aproveitamento. Ano passado, por exemplo, o Athlético-PR caiu com 37% e o Criciúma, com 33%. Literalmente, o time de Ramón Diaz está fazendo campanha de rebaixado.

Baixa produção ofensiva

Como aqui a gente gosta de trabalhar com estatísticas, sempre colocando em contexto e tendo critérios e bom senso, fiz uma comparação das médias por jogo do time do Roger Machado (23 partidas) com as do Ramón Díaz (nove partidas) no Brasileirão. Puramente pra ver a execução dos índices com o mesmo elenco, na mesma competição.

continua após a publicidade

Impressiona a baixa produção ofensiva do time atual. Se com Roger a média de gols marcados foi 1,2 por jogo, agora caiu para 0,7. Piorou em 41% a média. Se antes o Inter tinha na média 1,5 gols esperados (xG) por jogo, agora caiu para 1,4 xG. Parece pouco, mas a leitura que importa aqui é a seguinte: antes o Inter fazia 1,2 gol para 1,5 gol esperado. Agora, produz chances de qualidade similar, mas converte muito menos. E o aproveitamento das chances caiu de 21% para 16%.

Roger Machado, técnico do Internacional
Roger Machado à frente do Internacional (Foto: Ricardo Duarte / SC Internacional)

Em termos de construção com a bola, o time de Roger acertava 72% dos passes progressivos (para frente), acertava 61% dos passes chave (assistências e passes para finalização) e fazia 15 entradas na área adversária por jogo. Com Díaz, caiu para 70% os passes progressivos, 48% os passes chave e 11 entradas na área. Com os mesmos jogadores, o Inter ficou mais inofensivo que antes.

continua após a publicidade

Pressão defensiva preocupante

Hoje em dia é impossível ter um time competitivo sem que ele seja intenso na pressão defensiva. Pode ser no campo do adversário, ou com os blocos rebaixados, tanto faz. Só não pode não ser intenso. Com Roger Machado, o Colorado teve média de 50% de sucesso nas pressões defensivas e 56% quando era no campo adversário. Com Díaz, caiu para 39% as pressões defensivas e para 38% quando feitas no ataque. No geral, o Inter atualmente é 30% menos intenso que antes.

Além disso, o time caiu sua média de 1 para 0,8 no índice REC5, que mede as bolas recuperadas em até 5 segundos após a perda. E a média de desarmes certos por jogo caiu de 56% para 51%. O time não apenas é menos intenso, como desarma menos que antes.

Que o Internacional piorou com Ramón Díaz é algo que qualquer torcedor ou observador enxerga ao assistir aos jogos e comparar as performances. E essa sensação de piora termina sendo comprovada pelos dados. É bom o Inter se preocupar seriamente, ou terá um final de temporada bastante problemático.

  • Matéria
  • Mais Notícias