Retrospectiva 2025: Grêmio tem fim da hegemonia, troca de mandato e lições para o futuro
Tricolor decepciona na temporada e precisa corrigir a rota em 2026

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O Grêmio terminou 2025 sem conquistas esportivas relevantes e com uma troca de comando na presidência. Após um início de expectativas, o ano gremista não foi perdido totalmente, mas pode ser o pontapé para uma transição importante no clube. Além do rendimento abaixo em campo, o Tricolor enfrenta claros problemas financeiros que precisam ser combatidos pelo presidente eleito Odorico Roman, que substitui Alberto Guerra.
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A temporada começou com o título da Recopa Gaúcha diante do São José-RS, em vitória por 2 a 0, mas mal sabia a torcida que esse seria a única taça a ser celebrada. Com 43 títulos estaduais, o Imortal defendia uma hegemonia de sete títulos seguidos, de 2018 a 2024.
A equipe comandada por Gustavo Quinteros até chegou à final mais uma vez, mas acabou derrotada para o maior rival. O Inter vivia um jejum desde 2016, mas venceu o Grêmio por 2 a 0 na Arena e se sagrou campeão com um empate em 1 a 1 no Beira-Rio, chegando a 46 taças do Gauchão.
Na Copa do Brasil, o time gremista penou e decepcionou. Em quatro jogos, mesmo passando de fase duas vezes, o Imortal não venceu um jogo sequer.
O Grêmio eliminou o São Raimundo-RR e o Athletic-MG nos pênaltis após empates em 1 a 1 e 3 a 3, respectivamente, ambos fora de casa. Na terceira fase, parou no CSA ao perder por 3 a 2 fora de casa e apenas ficar na igualdade sem gols diante do torcedor, com essa eliminação já sob comando de Mano Menezes.

O Brasileirão e a Sul-Americana, então, viraram as competições que poderiam salvar o ano no segundo semestre.
A fase de grupos do torneio internacional trouxe um alento, com o Tricolor invicto em seis jogos: três vitórias e três empates, mas na segunda posição do Grupo D, atrás do argentino Godoy Cruz, que teve melhor saldo de gols (5x4).
Sem ser líder, o Grêmio precisou disputar os playoffs para passar ao mata-mata. Não conseguiu. A equipe gremista perdeu de 2 a 0 do Alianza Lima, do Peru, fora de casa, e foi eliminada mais uma vez em casa, com um empate em 1 a 1.
O que restou foi o Brasileirão, com o objetivo de conseguir uma vaga na Libertadores de 2026. O time até conseguiu boas atuações em alguns momentos, mas pecava tanto como mandante, sendo o 11º entre os 20 participantes, quanto como visitante, tendo apenas a 10ª campanha.
Além disso, Mano Menezes teve limitações do elenco e sofreu com 49 lesões durante 2025, sendo o quinto clube com mais problemas médicos entre os times da Série A. O próprio grupo defendeu o trabalho do treinador na reta final da temporada, mas não foi suficiente para mantê-lo.
A irregularidade, nem mesmo com 12 gols em 14 partidas do atacante contratado Carlos Vinícius, impediu uma aproximação mais consistente do G-6. Mesmo virando G-7, o Grêmio terminou distante da Libertadores. A equipe gremista terminou na nona posição, com 49 pontos, a 11 pontos do Bahia, último time classificado para o maior torneio da América do Sul.
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Números do Grêmio em 2025
Temporada: 23 vitórias, 20 empates e 20 derrotas em 63 jogos, com 87 gols marcados e 73 gols sofridos.
Recopa Gaúcha: 1 vitória em 1 jogos, com 2 gols marcados e nenhum sofrido.
Campeonato Gaúcho: 6 vitórias, 3 empates e 3 derrotas em 12 jogos, com 23 gols marcados e 9 gols sofridos.
Copa do Brasil: 3 empates e 1 derrota em 4 jogos, com 6 gols marcados e 7 gols sofridos.
Sul-Americana: 3 vitórias, 4 empates e 1 derrota em 8 jogos, com 9 gols marcados e 7 gols sofridos.
Série A: 13 vitórias, 10 empates e 15 derrotas em 38 jogos, com 47 gols marcados e 50 gols sofridos.
Aproveitamento dos técnicos do Grêmio em 2025
Gustavo Quinteros: 8 vitórias, 5 empates e 5 derrotas em 18 jogos - 53,7%.
Mano Menezes: 13 vitórias, 13 empates e 14 derrotas em 41 jogos - 42,2%.
Projeções do Grêmio para 2026
A troca de Mano Menezes pelo português Luís Castro é a primeira tentativa de virada de chave da nova diretoria. Outro pensamento é o processo de rejuvenescimento do elenco, com mais espaço para meninos da base e com contratações pontuais, sem gastos exagerados.
- Podemos não ter os recursos que gostaríamos, e isso não foi escondido, mas nos obriga a ser mais minuciosos, uma especificidade melhor na escolha. As famílias com pouco dinheiro precisam ser criteriosas. É o respeito que temos que ter na abordagem ao mercado. Não vamos falar isso em tom de lamentação. A realidade é esta, vamos arranjar estratégias para ultrapassar - avaliou Luís Castro, em entrevista coletiva.
Para o ano que vem, o Tricolor pretende reconquistar o título perdido do Gauchão, mas principalmente ter mais competitividade em âmbitos nacional e internacional. O Imortal disputará a Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileirão.
- A principal missão é ganhar, não só no Grêmio, em qualquer clube do mundo. Essa pressão eu sinto desde os 11 anos, quando jogava futebol. Deixar a torcida feliz é a maior recompensa que tenho no futebol. Não há nada mais reconfortante ao final de jogo com uma vitória - afirmou Luís Castro.
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