Pressionado, Atlético-PR tenta amenizar “clima de terror” contra Flamengo pela Primeira Liga

Após emboscada da torcida, Furacão espera chegar à final para dar tranquilidade ao ambiente

Walter
Walter, sem marcar em 2016, foi alvo de protestos da torcida no domingo e terça-feira. (Giuliano Gomes/PR PRESS)

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O revés para o Coritiba, no último domingo, pelo Campeonato Paranaense, reflete no duelo decisivo do Atlético-PR. Nesta quarta-feira, às 21h30, em Juiz de Fora, pela semifinal da Primeira Liga, a equipe enfrenta o Flamengo bastante pressionada pela torcida, que protestou no final de semana e na terça-feira.

Após a derrota no clássico Atletiba, a torcida rubro-negra pediu "raça" ao time e cobrou o apático desempenho diante do rival. Já ontem, a caminho do aeroporto, o ônibus do Furacão sofreu uma emboscada da sua organizada com pedras e rojões. A delegação teve que embarcar pela pista sob gritos de protestos. O atacante Walter, sem gols em 2016, foi bastante xingado.

O "terrorismo" inesperado assustou os atletas presentes na cena. Com uma vitória nas últimas sete partidas do Estadual e vindo de um revés contra os reservas do Cruzeiro, já eliminado da Primeira Liga, o Atlético-PR precisa reagir para diminuir a pressão externa e também internamente. 

- Nos jogos importantes que tiveram até agora, falhamos contra o Coritiba, Cruzeiro e Paraná. Viemos conversando entre a gente, a nossa atitude e força mental tem que mudar. É ganhar todas as divididas e lutar por todas as bolas. Temos jogadores de qualidade e um treinador que não precisa nem falar. Quem entrar, tem que dar o melhor, porque nosso objetivo é ser campeão - cobrou o atacante Pablo, no CT do Caju, antes do treino e sem saber o que aconteceria com a torcida de tarde.

O discurso foi reforçado pelo técnico Paulo Autuori, que espera ver o Furacão de outra forma. Em três jogos, o treinador venceu um (PSTC), empatou outro (Brasil-RS) e perdeu o último (Coritiba). Sem evolução até o momento no time, o comandante atleticano quer ver a equipe com melhoras significativas diante do Fla.

- Não adianta apenas o aspecto técnico, tático e físico. É preciso ser forte mentalmente. A equipe tem que estar em movimento o tempo todo. Atenta, correndo e se dedicando. Para isso, tem que ter o mínimo de 'frescor' físico. Então, a ideia é sempre essa de trocar por setores - comentou Autuori, sugerindo que pode haver mudanças na escalação.

O treinador não confirmou o time que vai a campo no Estádio Mario Helênio, mas o time que iniciou as atividades na semana foi: Weverton; Eduardo, Thiago Heleno, Paulo André e Pará; Otávio, Jadson; Nikão (Vinícius), Marcos Guilherme e Pablo; Walter.

Se passar desse duelo único, seja vencendo em campo ou nos pênaltis, o Atlético-PR garante presença na final marcada para o dia 7 de abril. Fluminense e Internacional fazem a outra semifinal.

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