Visão da rodada (Taça Rio): Goleada para aliviar, mas cadê a tática?

Cadê, Abel? Para quem sonha com a Libertadores, é preciso jogar mais e com um esquema tático definido, além de ter uma ampla visão, o que fazem Diniz, Valentim e Zé Ricardo

Montagem Rio
Jogadores do Fla se abraçam e vibram com a torcida, mas ninguém pode se iludir com os discursos de Abel, enquanto Diniz, Zé Ricardo e Valentim são mais práticos (Fotos: Divulgação e Andre Melo Andrade/AMPress)

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Depois de ser tirado para dançar (e eliminado) pelo Fluminense na semifinal da Taça Guanabara, o Flamengo de Abel Braga voltou a ter uma atuação um pouco mais convincente. Que o torcedor, no entanto, não se deixe enganar com a vitória sobre o Americano. Na Copa Libertadores, o nível é outro.

O que dizer sobre o jogo deste domingo (e a rodada de uma forma geral) se até Pará (aquele que dá arrepios na torcida quando pega na bola) acertou cruzamentos? Aliás, acertou (sendo redundante mesmo) tanto que dois gols saíram dos seus pés. Milagre de Abelão depois do nó tático que levou de Fernando Diniz? Não, não acredito. Ué, até Gabigol desencantou e Vitinho marcou duas vezes! Não é milagre? Não, não mesmo!

É simples de explicar: o adversário, o nada poderoso Americano, embora tenha se esforçado, vem de uma fraquíssima campanha na Taça Guanabara. Em cinco jogos, assinalou apenas quatro gols, levou oito e só fez quatro pontos. Agora, com o 4 a 1 do Flamengo, o time de Campos dos Goytacazes (RJ), tem 12 tentos sofridos. Embora tenha sido um triunfo como a Nação Rubro-Negra gosta, não é para começar a sentir o tal “cheirinho”. Está muito longe disso.

Mesmo nível
Em se tratando do Campeonato Carioca, neste caso, a primeira rodada da Taça Rio, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo estão no mesmo patamar. Milagre, por exemplo, é o que Fernando Diniz e Alberto Valentim vêm conseguindo com elencos do Tricolor e do Cruz-Maltino, respectivamente.

Eles, sim, como Zé Ricardo (Botafogo), estão procurando jogar com tática, usando a cabeça. Pelo menos, isso é que o mostra este início de temporada. Até porque, sabem das limitações, diferentemente do Flamengo de Abel Braga, recheado de milhões e “craques”, mas que não definiu ainda um padrão tático, ao menos, satisfatório.

É preciso Abel Braga parar de falar sobre a “energia que o time conseguiu com a vitória deste domingo, que Gabigol se sentiu aliviado ao marcar”, e tratar da tática. Isso é o que chamamos de “iludir” a torcida. Se bem que tem mais um jogo pela Taça Rio, quinta-feira, contra a Portuguesa, antes de começar a “batalha” na Copa Libertadores, dia 5 de março, diante do San José, da Bolívia.

Vão chegar junto
Fluminense, Vasco e Botafogo irão brigar de igual para igual, mesmo com elencos mais limitados  - o que já foi dito aqui inúmeras vezes e todos sabem disso. Um dos motivos é justamente porque o Flamengo irá concentrar a partir da semana que vem as suas atenções na Copa Libertadores.

Apesar do grupo de jogadores que têm em mãos, Abel Braga ainda não conseguiu definir os 11 titulares e muito menos dividir "Time A" e "Time B", como fez Luiz Felipe Scolari com o Palmeiras no ano passado.  Já está na hora de arrumar a casa e deixar as desculpas de lado.   ​

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