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Visão do Paulista: Osasco Audax deixa lição com digitais modernas

Equipe vice-campeã encantou com futebol organizado e centrado no toque de bola; técnico Fernando Diniz colheu os louros de transformar suas ideias em prática

Osasco Audax encarou grandes de frente e foi vice-campeão (foto:Eduardo Viana/LANCE!Press)
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O título do Santos não empalidece o Osasco Audax, a sensação do Paulistão de 2016. O título ficou em boas mãos, pois o Peixe fez melhor campanha e foi muito forte em casa – não à toa está sem perder há cinco anos no estadual dentro da Vila. Mas a equipe de Fernando Diniz fez com que a segunda colocação valesse ouro pelo que representou.


Em um ambiente de concorrência desleal, foi longe por ter acreditado em uma ideia e tê-la aperfeiçoado. Encarou de frente as potências pondo em prática a filosofia de seu técnico, com movimentação em bloco e troca eficiente de passes. Venceu Palmeiras e São Paulo e eliminou o Corinthians em Itaquera com seu pedigree de fazer inveja aos poderosos clubes brasileiros.

A construção da glória ocorreu até sob deboche. A proposta de não rifar a bola, mesmo no campo de defesa, foi motivo de críticas. Tivesse o treinador cedido a elas e possivelmente não veríamos o triunfo de uma ideia. A discussão sobre eventuais momentos suicidas é menor que o tamanho da lição.

Na história recente do Paulistão tivemos algumas equipes que surpreenderam, como Santo André, em 2010, e Ituano, em 2014 (ambas também decidiram título contra o Santos). Nenhuma, porém, encantou tanto quanto esse Audax. O condão esteve justamente no futebol de pé em pé, trabalhado, que enche os olhos até do mais encruado observador. Foi ele que colocou o Corinthians algumas vezes na roda nas quartas, dentro da temida Arena de Itaquera. E na Vila Belmiro, que causa ainda mais temor, o domínio foi amplo.

Curioso que na primeira parte da competição foi outra equipe fora do eixo que chamou a atenção. A tradicional Ferroviária, que, em sua volta à elite, deu suadouro no Corinthians e venceu o Palmeiras no Allianz. Só que caiu rápido de rendimento e o técnico português Sérgio Vieira foi engolido pela voragem do futebol. De sensação a demitido. O Audax, com elenco sem figurões e digitais modernas, foi encorpando e está de parabéns.