MP suíço, sobre operação na Uefa: ‘Suspeita de gestão criminosa’

Ministério Público ainda garantiu que ação na sede da entidade não foi voltada contra um dirigente específico

HOME - Gianni Infantino, presidente da Fifa (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
         Infantino assinou contrato da Uefa com empresa citada no 'Panama Papers' (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)

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Após a ação da Polícia suíça realizada na sede da Uefa nesta quarta-feira, o Ministério Público suíço divulgou um comunicado sobre a operação. De acordo com o órgão, há "suspeita de gestão criminosa" em negociações de venda de direitos de televisão, o que foi apontado pelo 'Panama Papers'. O MP ainda afirmou que a busca e apreensão não foi voltada contra um dirigente específico.

– A suspeita está baseada no resultado das investigações de outros casos que surgiram, assim como da análise financeira realizada pela promotoria. As publicações recentes na imprensa revelaram outros elementos que tornaria possível completar as investigações de uma maneira decisiva – destacou o MP no comunicado.

Segundo o jornal "The Guardian", a Uefa teria vendido os direitos de transmissão de seus torneios de clubes (Liga dos Campeões, Liga Europa e Supercopa) em 2006 para uma empresa chamada Cross Trading, que repassou os direitos para a Teleamazonas, por cerca de três ou quatro vezes o valor original. O atual presidente da Fifa, Gianni Infantino, era, na época, o diretor jurídico da entidade da Uefa e foi o responsável por assinar o contrato da Uefa com a Cross Trading.

A Cross Trading era ligada a Hugo Jinkis, empresário que se entregou à justiça dos EUA no caso de corrupção da Fifa. O argentino foi acusado de pagar propinas para ganhar preferência nas negociações pelos direitos de transmissão de grandes competições, como a Copa do Mundo.

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