Pelé, 80 anos em 80 dias: além de craque, artilheiro e… também goleiro!

Além de ter sido um craque de bola, cérebro dos times em que jogou e grande artilheiro, Pelé também tinha um dom que não era conhecido por quem não acompanhava o futebol mais de perto. Não é que o camisa 10 do Santos e da Seleção Brasileira também era um goleiro acima da média?! 

O gosto pelo gol - no caso também atuar como goleiro - surgiu desde cedo no menino Edson Arantes do Nascimento. Nascido na cidade mineira de Três Corações, ele se mudou com a família para Bauru quando tinha quatro anos de idade. Nessa época, Pelé era chamado de Dico. Influenciado pelo pai, João Ramos do Nascimento (também ex-jogador de futebol e mais conhecido como Dondinho), Dico começou a jogar com os garotos da cidade. Ele gostava muito de atuar no gol, inspirado no goleiro José Lino da Conceição Faustino, o Bilé, companheiro de time de seu pai, Dondinho, no Vasco de São Lourenço (MG).

Essa atração seguiu durante a carreira. Pelé, inclusive,  chegou a atuar como goleiro do Santos em quatro oportunidades, quando por algum motivo a equipe ficou sem o titular e os reservas da posição. A primeira vez aconteceu em 1959, na partida entre Santos e Comercial, válida pelo Campeonato Paulista. O Rei voltou à posição em 1964, diante do Grêmio, pela Taça Brasil. Também foi improvisado como goleiro em dois amistosos nos anos de 1969 e 1973. Curiosamente, Pelé não foi vazado nenhuma vez.