Opinião: ‘Cadê a tradição São Paulo e Botafogo’?

Dois gigantes do futebol brasileiro nao conseguem convencer nos Estaduais

Montagem Aurino
Zé Ricardo e Mancini quebram a cabeça para fazerem os seus times jogarem bola  (Fotos: Reprodução)

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"Salve o tricolor paulista / Amado clube brasileiro
/ Tu és forte, tu és grande / Dentre os grandes és
o primeiro!". Não tenho dúvidas de que é
amado. Mas grande, realmente nos últimos
tempos, não está sendo mesmo. Nem um pouco está fazendo valer à tradição. E a insatisfação dos torcedores não é à toa. Classificou-se para as quarta de final do Paulistão com um empate com o São Caetano, que caiu para a Série A2, e devido também ao empate do Oeste com o Mirassol. Na
Libertadores, é sempre bom lembrar, caiu ainda na fase preliminar. Culpa dos técnicos? Sim, mas culpa também dos dirigentes que ficam sentados na cadeira à espera do circo pegar fogo após resultados ruins.

O ídolo Raí, hoje diretor de futebol, está perdendo o comando, diga-se de passagem. Quanto ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, parece estar perdido como uma agulha no palheiro. Olha, pessoal, e não será zebra se for
eliminado pelo Ituano, que foi o primeiro do grupo e fez dois pontos a mais, além de decidir a vaga para as semifinais do Campeonato Paulista em casa, no Estádio Novelli Júnior.

Mas para não ficar só no São Paulo, os outros três grandes, Palmeiras, Corinthians e Santos, devem ligar o sinal amarelo, pois, os seus adversários (Novorizontino, Ferroviária e Red Bull, respectivamente) podem aprontar.

VOAMOS PARA O CARIOCÃO
Nesta ordem Fluminense, Vasco e Flamengo estão com mais chances de classificação para as semifinais da Taça Rio. Já o Botafogo... É, sonhar não custa nada, afinal, e o Glorioso, não pode perder para o Americano (na verdade, precisa vencer por um placar elástico) e torcer por tropeços de Flamengo e Cabofriense. O problema é que o time de Zé Ricardo tem sido “bipolar” na competição.

É por isso (como sempre falo), mesmo com os esdrúxulos e mirabolantes regulamentos – o da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) é algo assim inimaginável –, que os campeonatos regionais são válidos e causam emoção no torcedores, justamente por essas rivalidades (sadias, lógico).

CADÊ O WALLY (OU OS WALLY’S)?
O incêndio nos alojamentos da base do Ninho do Urubu deixou dez mortos e três feridos. O CT foi gerenciado por Alexandre Wrobel, então vice-presidente de Patrimônio por mais de sete anos, nas gestões de Patrícia Amorim e Eduardo
Bandeira de Mello.

Quem acompanha a coluna (ou está lendo pela primeira vez) sabe que venho cobrando aqui desdobramentos desta tragédia. Não somente da atual gestão, mas também daqueles que lá já estiveram.

E cadê eles? Por que nunca convocaram uma entrevista coletiva para falarem sobre o incêndio no CT do Ninho do Urubu, já que se vangloriavam tanto da “modernidade”? Já prestaram algum depoimento aos órgãos responsáveis pela investigação? Com a resposta (ou a palavra), por exemplo, o Ministério Público do Rio, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a Polícia Civil.

Até semana que vem, aqui no LANCE! Abraços e bom fim de semana para todos.

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