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Luiz Gomes: ‘Medalhões por aqui. Qual o efeito real das contratações?’

Honda postou um vídeo em suas redes sociais, mesmo com toda a dificuldade que tem em se expressar em português, afirmando que o Botafogo não vai se arrepender de trazê-lo

Honda
imagem cameraBotafogo vive a expectativa pela estreia do japonês Keisuke Honda (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Dia 02/03/2020
10:08
Atualizado em 03/03/2020
07:00

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Deve acabar essa semana a novela da contratação de Yaya Touré pelo Botafogo. O que, depois da chegada de Keisuke Honda parecia apenas um golpe de marketing, para atrair os holofotes da mídia, acabou se tornando uma negociação para valer. O contrato já está nas mãos dos representantes do marfinense para ser assinado, o clube aceitou o que seriam as últimas exigências do jogador como o pagamento de salários sem a incidência de impostos, um apartamento para a família morar no Rio e um carro blindado com motorista para atendê-los.

O Botafogo não é o único a investir em veteranos com passagem pelo futebol europeu. O Olímpia, tetracampeão paraguaio, anunciou no mês passado a contratação do atacante togolês Emmanuel Adebayor, de 36 anos, ex-Real Madrid e astro da Premier League onde atuou por mais de 10 anos em clubes como o Arsenal, o Manchester City, o Tottenham e o Crystal Palace, de onde saiu para o futebol turco. O objetivo do Olímpia é fazer bonito na Libertadores deste ano onde os paraguaios estão no Grupo G , o mesmo do Santos, ao lado de Defensa y Justicia da Argentina e Delfín do Equador. Vale lembrar que o clube foi vice em 2013 perdendo a final para o Atlético-MG.

Mas qual o efeito real dessas contratações? Até onde trazer jogadores estrangeiros em fim de carreira, que necessitam de um período de adaptação à cultura e ao estilo do futebol sul-americano pode dar resultados em campo, além de render fora dele atraindo patrocinadores, aumentando a venda de camisas e o público nas arquibancadas – o Olímpia, por exemplo, duplicou o número de sócios torcedores desde a chegada de Adebayor.

Essa semana, Honda postou um vídeo em suas redes sociais, mesmo com toda a dificuldade que tem em se expressar em português, afirmando que o Alvinegro não vai se arrepender de trazê-lo. "Estou com 33 anos e acho que minha imagem no Japão é de um jogador que está para se aposentar. Entendo que eles pensem, assim, que não serei convocado para a Olimpíada. Gostaria, contudo, de mostrar para eles que não desisti. Por isso que acho que posso me desafiar a jogar bem e com frequência no Brasil. Acho que é minha obrigação. O preço de correr o risco e jogar bem vai valer a pena, afirmou o japonês, por anos titular da seleção de seu país.

“Adebayor não vem a passeio”, garantiu o presidente do Olímpia, Marcos Trovato, ao anunciar a contratação do congolês. É o que esperam os torcedores do time que fizeram, no aeroporto de Assunção, a maior festa de recepção que um atleta já teve no país. O fiador da contratação do atacante foi outro veterano do Olimpia, o paraguaio Roque Santa Cruz com quem Adebayor formou dupla no Manchester City. Roque, hoje com 38 anos, depois de voltar para casa, em 2016, ganhou todos os títulos que disputou no Paraguai e, no ano passado, foi artilheiro absoluto do campeonato nacional.

Caso Honda e Adebayor vinguem de fato, repetindo assim o êxito da marcante passagem do holandês Clarence Seedorf pelo Botafogo, entre 2012 e 2013, a América do Sul tem tudo para se transformar, digamos, no último refúgio de astros em fim de carreira. Um movimento que seria bem diferente - até aqui, o que se via era apenas o repatriamento de jogadores que faziam fama na Europa e voltavam para o país de origem, muitos deles para os clubes de onde saíram. Foi o que aconteceu com geração de ouro dos anos 80, com Zico, Sócrates, Junior, Falcão, Toninho Cerezo e outros cracaços que voltaram para cá e continuaram a jogar algum tempo em alto nível.

O time atual do Flamengo tem outros dois bons exemplos disso: Rafinha e Filipe Luís, ambos com 34 anos, deram o equilíbrio que o time precisava na defesa e são peças fundamentais no esquema do português Jorge Jesus, apoiando o ataque e participando intensamente dos 90 minutos como se fossem jovens moleques. Vale lembrar que ambos têm 15 anos de futebol europeu, em ligas altamente competitivas como a espanhola e a alemã.

Estrangeiros ou brazucas, esses veteranos são bem-vindos. Têm muito a acrescentar, desde que, como Seedorf e a dupla rubro-negra, estejam dispostos a jogar para valer. Simples assim.

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