L! Espresso analisa omissão da CBF no episódio de Montevidéu
Texto de Luiz Fernando Gomes questiona a entidade por não ter se posicionado
O silêncio da CBF em relação à pancadaria que se iniciou após o término do jogo entre Palmeiras e Nacional do Uruguai, em Montevidéu, é um dos assuntos do L! Espresso desta sexta-feira. Luiz Fernando Gomes critica a falta de um posicionamento mais firme da CBF e prevê problemas para os clubes envolvidos. Acompanhe:
Cada um por si
Mais uma vez, a CBF demonstra o descaso com que trata seus filiados. Passadas 24 horas da barbárie de Montevidéu, Del Nero e seus asseclas continuam calados. Nenhuma manifestação em defesa do Palmeiras ou de repúdio às cenas de vandalismo. É como se não tivessem nada a ver com os fatos. Bem diferente da atitude da federação uruguaia. Além de já atuar nos bastidores para minimizar punições ao Peñarol, na Conmebol, dirigentes da AUF defenderam, publicamente, que os portões do estádio foram fechados não como tocaia, mas como medida de segurança, e ainda relacionaram o clima tenso às provocações de Felipe Melo. São, obviamente, posições esdrúxulas. E insustentáveis. Mas que mostram, claramente, uma cumplicidade clube-entidade muito distante da triste realidade que se vê por aqui.
Todos na mira
Vem chumbo grosso por aí. O árbitro e os representantes da entidade no jogo da barbárie têm 48 horas para apresentar seus relatórios à Conmebol. A partir daí o processo será aberto. Os clubes serão informados em que artigos do código disciplinar serão enquadrados e quais jogadores serão denunciados. Terão direito à defesa antes de receberem as penas. Informações de bastidor indicam que o Peñarol deve ser suspenso de competições sul-americanas, o estádio Campeón del Siglo deve ser interditado e pelo menos quatro jogadores uruguaios, além de Felipe Melo, devem ser suspensos.