Ex-jogadores respiram ar juvenil e revivem emoções de suas carreiras

Aposentados, Célio Silva, Washington, Galeano e Gustavo exercem diferentes funções extracampo em competição juvenil disputada no CEPUSP, em São Paulo

Célio Silva
Ex-volante Célio Silva comanda a equipe sub-12 do Timão na Intercup (Foto: Divulgação)

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Torneio que reúne crianças de 7 a 12 anos de idade, a Ibercup acontece nesta semana no Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP), em São Paulo, e vai além de reunir sonhos de jovens que almejam viver do futebol. A competição também ajuda a profissionais que já vivenciaram as glórias e sofrimentos de uma carreira no esporte a revisitar momentos de suas respectivas trajetórias. Os ex-zagueiros Célio Silva e Gustavo, o ex-volante Galeano, e o ex-atacante Washignton, cada um a sua maneira, voltaram no tempo vendo a criançada atuando.

Atualmente com a equipe sub-12 do Timão, onde jogou na década de 1990, Célio Silva conta que o torneio o faz voltar ao tempo em que iniciou o sonho de ser um jogador profissional: 

- Na nossa época de iniciante era mais comum torneios escolares, o fraldinha por exemplo. A gente acaba viajando no tempo lembrando da nossa época. É o tipo de torneio que é importante para a criança ver se tem potencial e se pretende trilhar esse caminho. E precisamos administrar, às vezes, o fato emocional. Porque a criança pode chorar porque perdeu um gol ou pela vitória conquistada. E a Ibercup é um torneio espetacular, principalmente por abrir espaço aos clubes e a escolinhas. 

Já Washington, que teve passagem pelo Palmeiras, e é sócio da escolinha Esplanada Society, conta com algumas equipes em diferentes categorias na Ibercup, acredita que o brilho no olhar na criança traz a mesma satisfação da época em que atuava.

- Pra mim é muito satisfatório pode ter diferentes categorias disputando um torneio deste calibre. Você vê o brilho no olhar da criança e dos próprios pais com esse momento. Na minha época não existia esse intercâmbio entre escolinhas e clubes - analisou.

Washington
Washington, ex-Palmeiras, agora é sócio de escolinha de futebol (foto: Divulgação)

Para Gustavo, que fez carreira no Ahtletico e hoje atua como coordenador de desenvolvimento individual do Furacão, a competição é um misto de trabalho e torcida. Afinal, além de companhar os jogos de todas as categorias do clube paranaense em busca de novas joias, ele ainda tem o filho em campo com a equipe sub-10.

- É muito empolgante viver isso em um torneio como a Ibercup. Ter o filho em campo às vezes torna difícil conciliar as emoções de pai e coordenador. O clube participa da Ibercup pela terceira vez e é muito importante fazer parte de um processo que pode, no futuro, revelar um grande jogador para o nosso futebol - disse.

Mas se para quem está dentro do processo existe a satisfação, para quem está fora é mais sofrido? Nas palavras do agora papai e torcedor Galeano, sim.

- É mais difícil que um Palmeiras e Corinthians (risos). Para eles é importante, mesmo que seja uma brincadeira, ter esse primeiro contato com uma competição. Mas o pai sofre muito nessa hora, pois a gente torce e fica do lado de fora querendo a nossa vitória. Mas é bom para eles aprenderem e, nesse ponto, a Ibercup está de parabéns pela organização - declarou.

A Ibercup é o maior torneio de futebol juvenil do mundo. O evento de São Paulo, que está em sua segunda edição, vai até este domingo.

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