Zagueiro do Vitória de Guimarães, Pedro Henrique fala sobre retorno do futebol português: ‘Rotina mudou’

Brasileiro diz se sentir seguro para retornar a jogar na Europa, mas faz alerta: 'Outros países ainda não têm condições de voltar, países que não alcançaram seu pico'

Pedro Henrique
Pedro Henrique falou sobre o 'novo normal' em Portugal - Divulgação

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O futebol está retornando ao redor do mundo com as medidas de segurança contra a COVID-19 e o Campeonato Português foi uma das primeiras grandes ligas europeias a voltar a ação, ficando somente atrás da Bundesliga. O brasileiro Pedro Henrique, zagueiro do Vitória de Guimarães, comentou sobre o 'novo normal' e diz que se sente seguro com o retorno. 

- A adaptação está indo bem, temos que seguir novas regras para evitar o contágio. É uma adaptação diferente, já que há algum tempo atrás treinávamos separado, depois começamos a treinar em grupo, levamos a roupa do treino pra casa, pegamos a roupa limpa no outro dia e entregamos a suja, é uma série de protocolos que temos que seguir para permanecer seguros. Os jogos sem torcida são estranhos, o uso de máscara no banco de reservas estranha um pouco também. Resumidamente, penso que a adaptação está sendo tranquila, mas nossa rotina mudou bastante - disse. 

- Me sinto seguro porque temos todas as medidas de segurança dentro do clube, realizamos exames periódicos para poder treinar e jogar. Aqui na Europa a situação está mais controlada, as principais ligas já foram retomadas. É preciso se adaptar à situação.  Outros países ainda não têm condições de voltar com o futebol, países que não alcançaram seu pico de contaminação e seguem com muitos casos diários. É preciso colocar a saúde sempre em primeiro lugar: aqui em Portugal passamos pelo surto do vírus, a situação foi controlada e só então fomos liberados pelas autoridades para voltar com as atividades - acrescentou Pedro Henrique.  

O defensor também falou sobre a dificuldade de ter pouco tempo para treinar nesse retorno do futebol e afirmou que a pandemia mudou o esporte, principalmente em relação as torcidas. 

- Minha maior dificuldade foi em relação ao curto espaço de tempo para voltar a jogar. Principalmente porque viemos de um longo período parados, que por mais que estivéssemos realizando algumas atividades em casa, não tem comparação com os treinos aplicados no clube. Estávamos treinando há pouco tempo e já tivemos jogos para disputar - disse o zagueiro brasileiro. 

- Acredito que a pandemia impactou muito o futebol, principalmente em relação a torcida nos estádios. Sempre foram 22 jogadores em campo, mas contamos com a nossa torcida que lota o estádio e nos apoia bastante. Os profissionais não foram tão prejudicados, porque apenas têm que seguir um novo protocolo de higiene e segurança para que todos permaneçam saudáveis. Acredito que quem mais sofreu com a pandemia foram as pessoas que trabalham em torno do estádio, que têm a atividade como seu ganha pão e precisam do espetáculo para se manter - finalizou Pedro Henrique.

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