Treinadora da Espanha explica convocação de jogadoras que boicotaram a seleção
Em coletiva de imprensa, Montse Tomé revela 'falha de comunicação' com as atletas que optaram por deixar a seleção
Nova treinadora da seleção feminina da Espanha, Montse Tomé, concedeu coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21), visando o jogo contra a Suécia, pela Liga das Nações Feminina, e explicou a razão pela qual convocou atletas que já haviam anunciado o boicote à Fúria, por conta da crise gerada após o beijo forçado de Luis Rubiales, ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol, na jogadora Jenni Hermoso, durante a entrega de medalhas após o título da Copa do Mundo Feminina.
- É algo que foge do âmbito esportivo. Desde que comecei no cargo nesta situação excepcional, procurei focar no esporte, pensar no que eu poderia controlar. Montar minha equipe, pensar em como poderia planejar isso para enfrentar a Suécia e a Suíça. Acontecem coisas que eu não controlo, que outras pessoas controlam - declarou Tomé.
- Sinto que houve uma falha de comunicação, mas o que eu e meu estafe acreditamos é que sempre queremos proteger nossas jogadoras, ajudá-las, estar com elas, estar com Jenni, por conta de tudo o que aconteceu e que afetou suas companheiras. Então, tenho que ser profissional, por isso convoquei as melhores para estas partidas - pontuou.
Na última quarta-feira (20), a maior parte das jogadoras da seleção feminina da Espanha encerraram o boicote, após uma reunião realizada no hotel da concentração, com a presença de membros do Conselho Superior de Esportes e do sindicato Futpro. A RFEF (Federação Espanhola de Futebol) prometeu mudanças imediatas na estrutura da entidade para garantir a presença das melhores atletas na seleção espanhola. Apenas Patri Guijarro e Mapi León optaram por seguir longe do plantel; ambas faziam parte da lista de jogadoras que boicotaram a Fúria antes do escândalo envolvendo Rubiales.
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