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'Novo' Selhurst Park e mais: presidente do Crystal Palace fala sobre futuro após saída de Textor

Eagles venceram Fulham por 2 a 1 na última rodada da Premier League

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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porNathalia Gomes,
Dia 08/12/2025
12:53
Jogadores do Crystal Palace erguem o troféu (Foto: Glyn KIRK / AFP)
imagem cameraJogadores do Crystal Palace, na época de John Textor, erguem o troféu da FA Cup (Foto: Glyn KIRK / AFP)

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O Crystal Palace, atual campeão da FA Cup e da Supercopa da Inglaterra, além de ocupar a quarta colocação da Premier League após vencer o Fulham por 2 a 1 no último domingo (7), vive um dos momentos mais importantes de sua história. O clube disputa pela primeira vez uma competição europeia de grande porte, mas o clima de euforia convive com certa frustração interna — especialmente após declarações do técnico Oliver Glasner sobre a falta de respaldo na última janela de transferências.

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Em entrevista ao "The Athletic", o presidente Steve Parish — agora sócio ao lado de Josh Harris, David Blitzer e do novo investidor Woody Johnson, que adquiriu a parte que pertencia a John Textor — falou sobre o futuro do treinador, os planos de expansão do clube e suas críticas às novas regras financeiras da Premier League.

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"O melhor momento da história do clube"

Parish afirmou que, apesar da inquietação de parte da torcida e da comissão técnica, o Crystal Palace nunca viveu uma fase tão sólida. Segundo ele, os parâmetros financeiros, estruturais e esportivos alcançaram seu melhor nível desde que assumiu o clube, em 2010.

O objetivo é claro: transformar o Palace em um time capaz de disputar taças com regularidade, ir à Europa com frequência e, no médio prazo, até conquistar competições continentais.

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Jogadores do Crystal Palace erguem o troféu da Supercopa da Inglaterra (Foto: Glyn KIRK / AFP)
Jogadores do Crystal Palace erguem o troféu da Supercopa da Inglaterra (Foto: Glyn KIRK/AFP)

O futuro do treinador Oliver Glasner

O treinador austríaco, cujo contrato termina ao fim da temporada, criticou publicamente a falta de reforços na proporção que considerava necessária. Parish reconheceu o descontentamento, mas afirmou que a forma como Glasner expôs a questão "não foi a mais útil". Ainda assim, garantiu que não há crise na relação.

O presidente disse respeitar a sinceridade do técnico, mas destacou que críticas públicas podem prejudicar o ambiente em fases decisivas da temporada. Ele reiterou que o clube deseja a permanência de Glasner, mas entende que o treinador quer avaliar o "projeto e as condições" antes de tomar uma decisão.

Parish também explicou que a ideia de reinvestir integralmente tudo o que o clube arrecada em vendas é equivocada. Há custos ocultos, pagamentos parcelados e limites de caixa que impactam o orçamento. Além disso, substituições de peças-chave — como uma eventual saída futura do zagueiro Marc Guehi — precisam ser planejadas com antecedência.

As novas regras de gasto e o impacto nos clubes médios

Um dos pontos mais enfáticos da entrevista foi a crítica às regras do squad cost ratio, que substituirão as normas de lucro e sustentabilidade. Para Parish, a mudança reduz a capacidade de investimento de clubes médios e ambiciosos, como Brentford, Brighton, Bournemouth, Fulham e Leeds, além do próprio Palace.

Ele argumenta que o novo modelo favorece os gigantes financeiros, que continuarão gastando mais e poderão absorver multas que penalizarão clubes que tentarem investir acima dos limites. Segundo o dirigente, as regras podem incentivar a compra de clubes em ligas menos restritivas — e admitiu que o Palace considera essa possibilidade no futuro.

Evolução estrutural: academia, estádio e investimentos

Com a saída de John Textor e a chegada de Woody Johnson, bilionário dono do New York Jets (franquia da NFL), a base de investidores do clube se fortaleceu. Parish contou que Johnson rapidamente se envolveu no projeto, tem acompanhado jogos in loco e quer acelerar investimentos no centro de treinamento e no estádio.

O presidente também comentou o atraso de oito anos na reforma do Selhurst Park. Segundo ele, as obras finalmente entrarão em fase visível a partir de janeiro, após longos entraves financeiros e impactos da inflação.

Parish reforça que o Crystal Palace precisa crescer em todas as frentes — estrutura, elenco e receitas comerciais — com a ambição de transformar o clube em um destino desejado pelos jogadores, e não apenas um trampolim rumo a equipes maiores.

O futuro de Steve Parish

Aos 60 anos, Parish reconhece que não ficará no clube para sempre, mas se vê motivado a concluir o ciclo de modernização do Palace. Seu objetivo declarado é:

  1. Entregar um novo estádio,
  2. Deixar o clube financeiramente sólido,
  3. Consolidar o Palace como presença constante na Premier League e nas competições europeias.

— Eu não quero estar aqui apenas cumprindo tabela. Quero que este clube caminhe para frente, sempre — disse.

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