Neymar criou empresas de fachada para reduzir impostos, afirma revista

Acusado de sonegação fiscal e falsidade ideológica, craque pode pegar cinco anos de prisão

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Terceiro melhor do mundo, Neymar enfrenta uma série de problemas extracampo (Foto: Lluis Gene/AFP)

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A revista "Veja" divulgou neste sábado detalhes sobre a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o atacante Neymar, acusado de sonegação de impostos e falsidade ideológica, com penas previstas de até cinco anos de prisão. Assim como o pai, o jogador do Barcelona teria recebido a maior parte dos vencimentos através de três empresas que só existiam no papel.

De acordo com a publicação, a manobra foi feita para escapar das taxas cobradas a pessoas físicas (27,5%). As empresas de fachada receberiam a maior parte do salário que o astro ganhava no Santos e os contratos de publicidade. Deste modo, o jogador teria um desconto de quase 50% nos tributos.

Em seis anos, Neymar e o pai abriram a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N Administração de Bens. Segundo a Procuradoria, nenhuma das três empresas tinha condições econômicas e financeiras de administrar a carreira do craque da Seleção Brasileira.

De 2010 a 2013, Neymar teria recebido R$ 43,78 milhões do Santos, porém, R$ 8,1 milhões em forma de salário, como pessoa física. O restante ficou com as companhias, por meio de "contratos de imagens", conforme aponta a acusação. Somente em 2011, as empresas do astro também fecharam contrato com 11 patrocinadores, arrecadando quase R$ 75 milhões.

Em relação à acusação de fraude, a Justiça encontrou indícios de falsificação de, ao menos, 15 contratos. Quando eles foram assinados, as empresas do camisa 11 do Barcelona ainda não existiam, porém seus CNPJs constam dos documentos. Segundo a Procuradoria, o fato indica que os papéis foram alterados.

O esquema funcionava da seguinte maneira: o atacante e o pai fechavam o contrato entre sua empresa e as outras partes, mesmo antes de ela ter registro e CNPJ. Em seguida, com os documentos obtidos, os dois inseriam os dados nos contratos com a data anterior.

Segundo o site "Globoesporte.com", o processo corre em segredo de Justiça, que analisará o pedido da acusação e decidirá se Neymar e o pai serão transformados em réus. O presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, e o ex-mandatário do clube Sandro Rosell também foram enquadrados no mesmo caso e também podem ir à tribunal.

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