L! Espresso: Vexame do River mostra fragilidade atual do continente

Se a final da Libertadores já foi uma sucessão de constrangimentos, a pá de cal foi sacramentada ontem, quando o River Plate conseguiu a proeza de ser eliminado nos pênaltis para o Al Ain, dos Emirados Árabes, após empate por 2 a 2. Nove dias apenas separaram a final sul-americana disputada na Espanha do fim do sonho do bicampeonato millonario no Mundial de Clubes da Fifa. Para piorar, foi derrotado por um time que nem foi campeão continental e só está lá pela vaga destinada a um clube do país-sede. Mas o fracasso do River não é um fato isolado e confirma a fragilidade dos clubes do continente no torneio. Desde que passou a ser disputado neste novo formato, em 2005, é a quarta vez que um time sul-americano é eliminado em sua partida de estreia: Inter, Atlético-MG, Atlético Nacional e, agora, River. Nas últimas dez edições do Mundial, apenas o Corinthians (2012) impediu que um europeu levantasse o troféu. Os clubes sul-americanos, especialmente os de Brasil e Argentina, continuam exportando diversos jogadores para as principais potências do mundo, mas não apenas os craques fora-de-série. Uma Libertadores de destaque já é capaz de esvaziar elencos que já carecem de grandes nomes. A meta de derrotar Chelsea, Barcelona ou Real Madrid em "má fase" vai se tornando um sonho cada vez mais distante. Hoje, os clubes sul-americanos estão mais perto de perder de times inexpressivos do que superar o europeu. O retrato atual, no entanto, não diminui o tamanho da vergonha.

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