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Saiba os motivos que fazem com que os clubes ingleses dominem a Europa

Altos investimentos, lucros exorbitantes, projetos bem definidos e filosofia dos técnicos: Arsenal, Chelsea, Liverpool e Tottenham integram as principais finais dos torneios europeu

Reds e Spurs decidem a Liga dos Campeões, enquanto Blues e Gunneres, a Liga Europa (Foto: Reprodução)
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Liverpool e Tottenham vão decidir o título da Liga dos Campeões, enquanto Arsenal e Chelsea vão medir forças para ver quem vai ser o campeão da Liga Europa. Pela primeira vez na história, as duas principais finais europeias vão ter quatro equipes do mesmo país. O L! conversou com jornalistas ingleses para descobrir o segredo do sucesso e entender esse domínio. Tempo para trabalho dos treinadores, possibilidades e dinheiro para altos investimentos, estilo e identidade bem definidas são algumas razões.

SECA
A última vez que dois clubes ingleses decidiram a Champions foi em 2007/08, com Manchester United e Chelsea. Os Diabos Vermelhos foram os campeões, nos pênaltis. Desde então, as equipes inglesas pararam de ter frequência nas decisões. Isso fez com que os investimentos aumentassem, assim como o desejo. A vitória do Leicester, na Premier League de 2015/16, também foi um ponto chave para uma mudança.

- É importante lembrar que antes do Liverpool chegar na final na última temporada, os clubes ingleses passaram um período difícil em competições europeias. Desde que o Leicester chocou e ganhou a Premier League (2015/16), os principais clubes passaram a investir mais pesado em jogadores e técnicos. Agora temos seis times que podem indiscutivelmente vencer qualquer liga do mundo - frisa James Ayles, jornalista do 'Daily Mail'

O título do Leicester influenciou mais investimentos nos grandes (Foto: Christophe Archambault / AFP)

INVESTIMENTOS
A Premier League também rende bastante dinheiro aos clubes. Newcaslte (13º colocado na atual temporada) é o 19º clube mais rico do mundo, enquanto o West Ham (10º) é o 20º. As cotas televisivas e o lucro na competição potencializa o investimento e, consequentemente, aumenta o nível da competição. Os grandes clubes se acostumam a lidar com um alto nível, que muitas vezes não é visto nas competições europeias.

- Não tem como negar que o novo acordo com as cotas de televisão, de 5 bilhões de libras (R$ 25 bilhões), foi um ponto chave para o sucesso para os clubes ingleses. As equipes estão ainda mais fortes. Os clubes mais fracos começaram a competir mais com os seis grandes. O padrão da Premier League fez com que o nível aumentasse, tendo em vista que são melhores que os demais clubes europeus - analisa Peter Rutzler, jornalista do 'Daily Mail'.

ARSENAL E CHELSEA
O Chelsea não teve muita dificuldade na Liga Europa, até a difícil semifinal com o Eintracht Frankfurt. O Arsenal, por sua vez, teve caminhos mais complicados e chegou a enfrentar Valencia e Napoli (quartas e semi, respectivamente). O retrospecto de Unai Emery, especialista na competição, também pesou.

- No Arsenal, não tem como negar o retrospecto positivo de Unai Emery na Liga Europa. Ele conquistou três títulos consecutivos com o Sevilla e mostra que sabe o que fazer na competição. Os Gunners foram muito bem contra dois grandes europeus, Napoli e Valencia - elogia Peter Rutzler.

Emery é tricampeão da Liga Europa (Foto: AFP)

A falta de recurso de equipes menores também pesa no desenvolvimento na competição. O Chelsea ficou no Grupo H, com BATE, Videoton e PAOK. O elenco dos três clubes juntos é avaliado em R$ 457 milhões de reais, menos do que os Blues pedem ao Real Madrid só por Eden Hazard. O elenco do clube londrino é avaliado em R$ 4 bilhões.

- Pode-se dizer que Chelsea e Arsenal são clubes de padrão de Champions League disputando a Liga Europa. Chelsea foi bem na Inglaterra, considerando o nível dos adversários. Arsenal está se reconstruindo e tem mais progresso a fazer. O sucesso de ambos comprova como os clubes ingleses estão avançados em comparação a outras ligas que não tem os mesmos recursos - pontua James Ayles.

KLOPP E POCHETTINO

Klopp vai para a sua terceira final de Liga dos Campeões (Foto: Reprodução)

Além dos investimentos, Liverpool e Tottenham têm outros pontos em comum: o longo trabalho e a filosofia bem definida de seus técnicos. Klopp impressiona pelo seu comando nos Reds dentro e fora de campo, enquanto Pochettino conseguiu sucesso sem contratar nenhum jogador nas últimas duas janelas.

- Dinheiro não é tudo. Ter uma filosofia, uma direção e estratégias claras fazem parte do sucesso, principalmente em competições europeias. Klopp desenhou sua equipe com sua filosofia em mente. Tempo de trabalho também é um elemento chave. Klopp está no Liverpool há quatro anos; Pochettino, há cinco. Eles tiveram tempo de impor seu estilo em jogadores que eles mesmo compraram. É um processo longo e os resultados estão aparecendo - finalizou Peter Rutzler.

*Sob a supervisão de Aigor Ojêda