Gabriela Cavallin, ex-namorada de Antony, recorda agressões e abusos na gravidez: ‘Não tive um dia de paz’

DJ acredita que a tensão no relacionamento e as frequentes intimidações levaram ao aborto, aos 4,5 meses

Gabriela Cavallin e Antony
Gabriela Cavallin recorda gravidez como o período mais difícil de sua vida (Foto: Divulgação/Instagram)

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O 'UOL' compartilhou nesta segunda-feira (4) novos conteúdos com fotos e vídeos das ameaças e agressões físicas praticadas por Antony contra Gabriela Cavallin, sua ex-namorada. Após a matéria, a DJ revelou ao 'Globo' detalhes de outras intimidações e abusos psicológicos sofridos por ela durante o relacionamento, inclusive no período da gravidez - que, segundo ela, contribuiram para o aborto natural.

De acordo com Gabriela, a primeira agressão ocorreu durante a gravidez, no segundo ano de relacionamento, dentro do carro na saída de uma festa. Cavallin apresentou sangramento na manhã seguinte e perdeu o bebê 20 dias depois. Ela acredita que o aborto foi em decorrência do estresse excessivo, das brigas e ameaças sofridas no namoro com Antony.

— Foi numa festa. Eu terminei com ele quando estava grávida, não queria mais ficar com ele porque era muita briga. Saí para uma festa. Ele estava lá. Em resumo, ele foi até o camarote em que eu estava, pediu para um segurança me buscar. Fui para o camarote dele e ele me mandou sentar. Fiquei a festa inteira sentada até a hora de ir embora.Me puxou pelo cabelo e me colocou dentro do carro. Estávamos eu, ele e um amigo dele. Ele foi me batendo dentro do carro, me xingando. Pediu para parar o carro no meio de uma rodovia, desceu correndo no meio da chuva. Eu e esse amigo saímos correndo atrás dele. Ele tinha dito que ia se matar. Depois de uns 10 minutos, o encontramos deitado no chão, com a mão sangrando. Depois de muita luta conseguimos deixá-lo na casa dele -, e prosseguiu:

— (…) Não fiz nada (denúncia). Nem cogitei. Além do fato de que estava grávida e não queria ficar sozinha, não queria passar a gravidez sozinha e não queria que meu filho ficasse sem o pai, eu perdoei. E ele disse que não faria de novo. Ele falou que se eu não o perdoasse ele ia parar de jogar, ia se matar, chorava muito… Tenho esses prints das conversas com ele -, recordou. Não fui agredida na barriga. Ele me chacoalhava pelo braço, batia minha cabeça no vidro do carro, e ficava me assustando. Freando o carro, jogando o carro na frente dos caminhões, no acostamento e dirigindo a 250 quilômetros por hora -, Gabriela, por fim, falou sobre o aborto:

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— Depois de uns 20 dias, eu perdi o bebê. Na verdade, no outro dia eu tive um sangramento, fui para o hospital, e continuei a sangrar por uns 20 dias. Quando voltei no hospital, a médica disse que a bolsa havia estourado e que eu teria de fazer um parto. A bolsa estourou mas o coração dele continuava a bater dentro da minha barriga. Eu ouvi no ultrassom. Não tinha entendido muito bem a gravidade da situação. Até que ela explicou que não tinha o que fazer… ele não poderia ser entubado, tinha apenas 4,5 meses. Ela me deu a opção de vê-lo antes da liberação (do corpo). Ele nasceu com vida, mas por pouco tempo. De longe foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Perdi por tudo o que passei enquanto estava grávida, todas as discussões, as brigas, todos os sustos que ele me dava, o estresse que me fazia passar, tudo que me xingava, e era todo o dia, tudo o que me ameaçava… Me chamava de tudo quanto é nome quando eu saía para fazer alguma coisa. Quando ele tentou me matar nesse dia do carro, quando me bateu. Foi um conjunto. Não tive um dia de paz -, recordou Cavallin.

Gabriela também relembrou o momento que Antony confiscou seu passaporte e a ameaçou - novamente - de morte. Segundo a DJ, essa briga, no dia 8 de maio, quando teve seu dedo quebrado, foi a última antes da denúncia.

— Foi no dia que ele me trancou e disse que eu só sairia de lá morta. Foi quando parei de duvidar do pior. Foi o último dia, da última briga, 8 de maio. Foi quando ele quebrou o meu dedo. Ele reclamou que eu fui atender o celular longe dele. Era a minha mãe. Estávamos num churrasco em casa. Ele surtou, quebrou meu celular e começou a gritar comigo. Puxou meu cabelo, me deu tapas… Quebrou uma taça em mim, eu coloquei a mão na frente e por isso meu dedo cortou. Só tive mesmo no último dia (medo de morrer). Antes eu sempre o defendi. Não posso mentir, várias vezes tentaram me avisar. Família e amigos. Que uma hora ele ia fazer algo grave. Existiam indícios, um soco que tirou meu silicone do lugar (seio), quando cortou a minha cabeça (com uma cabeçada)… Eu não acreditava que ele faria algo (mais sério), nem mesmo no dia da briga do carro -, disse ao Globo.

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Gabriela Cavallin está na casa da mãe, no Brasil. De acordo com a DJ, o período ao lado da família está sendo fundamental para recuperação e retomada, mesmo que aos poucos, da rotina. Por fim, pede justiça: "Prefiro que o juiz decida. Tudo que acontecer será culpa dele, não será minha. Quero acreditar que o clube a seleção também vão se sensibilizar com a situação, com o que aconteceu. Muitos jogadores e pessoas próximas sabem que foi sério".

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