Caso Robinho: advogado da vítima comenta decisão da Justiça brasileira

Superior Tribunal de Justiça (STJ) inicia processo de homologação da sentença italiana

Robinho
Robinho foi anunciado pelo Santos em 2020, mas clube voltou atrás após repercussão negativa (Foto: Ivan Storti/Santos)

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O italiano Jacopo Gnocchi, advogado da vítima no caso Robinho, está satisfeito com a velocidade demonstrada pela Justiça brasileira. O Brasil recebeu, no final do mês passado, o pedido da Itália para que o jogador e o amigo Ricardo Falco respondam à condenação de estupro em solo brasileiro e iniciou o processo de julgamento do requerimento italiano nessa quinta-feira. Em entrevista ao "UOL", o profissional manifestou sua satisfação com o andamento do caso.

- Estamos absolutamente satisfeitos. Embora a Justiça italiana tenha feito o que tinha de fazer, isto é, processá-los com todas as garantias e condená-los pelo crime, o que temos até agora é impunidade. Eles continuam circulando livremente pelo país. Agora é a vez do Brasil dar esse passo em busca de justiça - falou o advogado.

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Na entrevista, Gnocchi também falou que o local onde Robinho cumprirá a pena é "irrelevante", na visão da defesa. O italiano apenas espera que o Brasil aceite o pedido do Governo italiano.

- Para nós, é irrelevante o país onde a sentença será executada, seja na Itália ou no Brasil, basta que seja cumprida. O Brasil é um grande país e sabe que precisa proteger as vítimas, não pode ser o paraíso da impunidade. Eles foram condenados em todas as instâncias, 15 juízes os consideraram culpados. Espero que o judiciário brasileiro dê um parecer favorável ao pedido da Itália e que execute definitivamente ambas as penas - afirmou.

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ENTENDA O CASO

Quando jogava no Milan, em 2013, Robinho estuprou uma jovem albanesa junto do amigo Ricardo Falco e mais quatro pessoas que não foram encontradas pela Justiça italiana. No ano passado, o caso foi julgado na última instância no país europeu e o jogador foi condenado a nove anos de prisão.

Em janeiro, o novo ministro da Justiça, Flávio Dino, admitiu a possibilidade de Robinho cumprir a pena no Brasil, uma vez que a legislação brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos. Nessa quinta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu início ao processo de avaliação do pedido italiano.  De acordo com o portal "G1", a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, pediu a convocação do jogador para participar do processo de homologação da sentença italiana.

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