‘Nem bem, nem mal’, diz Renato Gaúcho sobre momento do Fluminense no Brasileirão
Tricolor chegou à terceira derrota seguida na competição

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Depois da derrota po 2 a 1 para o Palmeiras, Renato Gaúcho analisou os últimos jogos do Fluminense no Brasileirão, reconhecendo a má fase da equipe após o Mundial de Clubes. O treinador voltou a falar sobre a falta de concentração e delineou o que o time precisa para se reerguer após três derrotas consecutivas — quatro, se contar a do Chelsea.
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Desde que retornou dos Estados Unidos, o Tricolor perdeu por 2 a 0 para Cruzeiro, 1 a 0 para o Flamengo e 2 a 1 para o Palmeiras. O time oscilou nas partidas, tendo momentos de superioridade, mas as falhas foram o denominador comum nos cinco gols sofridos. Diante do Alviverde, nesta quarta-feira (23), levou a virada por conta de erros de Fábio e Martinelli.
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— Infelizmente a falta de concentração em alguns lances tem tirado as nossas vitórias. Foram três derrotas no Maracanã e, com todo respeito aos adversários que enfrentamos, nós falhamos nos gols. Esssa concentração que eu cobro deles e eles precisam ter o tempo todo. A gente tem enfrentado adversários acima da média e eles são letais. Foi o que aconteceu nos últimos três jogos, mas mesmo perdendo - tirando o primeiro tempo contra o Cruzeiro, que fomos muitos mal -, a equipe vem jogando bem. Precisamos melhorar urgentemente a concentração e ter mais tranquilidade, porque temos nos precipitado e desperdiçado chances. O foco que tivemos na Copa do Mundo precisamos ter aqui também — declarou o treinador.
Depois da queda na semifinal do Mundial, a delegação tricolor retornou ao Brasil no dia 12. Poucos dias separaram a chegada do primeiro jogo, contra o Cruzeiro, no dia 17. Nesse período, o elenco teve apenas um dia de folga antes de se reapresentar no CT Carlos Castilho, no dia 14. Desde então, jogou também nos dias 20 e 23.
— A gente sempre procura pegar nosso tempo disponível - que é pouco - para treinar tudo. Parte ofensiva, defensiva, cruzamneto, finalização, parte tática. Por isso que muitas vezes ficamos mais seguros com três zagueiros. Independente disso, se o adversário tiver mérito, tudo bem. O que nao pode é dar esse mole. Perdemos três jogos e tomamos cinco gols em cinco falhas nossas. Esse mole os adversários não dão para gente — explicou Renato, sobre os treinos.
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O comandante ainda foi questionado sobre reforços no ataque, que vem sofrendo na ausência de Jhon Arias, vendido ao Wolverhampton, da Inglaterra. Ele afirmou que este assunto era "reservado ao presidente do clube", em uma "não-resposta" que deu a entender a necessidade de novas peças.

Veja outras respostas de Renato após a derrota do Fluminense para o Palmeiras
Sobre priorizar competições
— Não vamos priorizar competição. O Fluminense está em três competições porque é time grande. O desgaste é muito grande. Não é desculpa, mas tirando os quatro times que foram pro Mundial, todo mundo teve férias e pode recuperar seus jogadores. Botafogo, Palmeiras e Flamengo voltaram antes. A gente nao teve nem um dia de folga. Eu dei um domingo para eles para se recuperarem da viagem. Por isso que eu mudo a equipe, porque ninguém aguenta entrar em campo a cada três dias.
Renato analisa centroavantes do Fluminense
— Procuro passar tudo para eles, todos os ensinamentos que eu tive. Inclusive a mais importante: perto da área adversária, ter tranquilidade para definir a jogada. Nessas horas, o desespero é do adversário, mas muitas vezes parece que é nosso. Isso não pode acontecer. A participação do treinador durante a semana é 60%, o resto é do jogador que entra em campo, também é responsabilidade dele. O treinador ensina, mostra o melhor caminho, corrige, mas depois cabe a eles. Os atacantes que marcaram contra a gente tiveram essa tranquilidade.
— O Everaldo por onde passou fez gols, John Kennedy também, Cano também. Não desaprenderam. A gente treina e eu conheço eles. Acho que falta a tranquilidade na hora de tomar as decisões. Falo isso praticamente todos os dias para eles e dou exemplos de outros times. O atacante não pode ter desespero, ele está numa área protegida, próximo e principalmente dentro da área. O desespero tem que ser do zagueiro. Hoje desperdiçamos algumas situações perto da área por isso.
Projeção do jogo contra o São Paulo
— Mais um jogo difícil. Na volta da Copa do Mundo pegamos os tres times que estão brigando pelo título e vão ficar na parte de cima o campeonato todo. O São Paulo é um grande clube, começou a se acertar e daqui a pouco também vai estar. Mas o Fluminense tem o mesmo objetivo. Não tem jogo fácil no Brasileirão, independente da briga. Pensamos primeiro em fazer os 45 pontos. Eu penso no título, claro, mas não tem um clube que não pense nisso logo. Porque o campeonato é muito longo e difícil. Se você não começar bem, vai fazer falta. O Fluminense não está bem no Brasileiro, mas também não está mal. Tem muito pela frente ainda e temos as duas outras competições, lá na frente vamos ver como vai ser. Se tiver que priorizar alguma competição, aí é com o presidente do clube. No momento, quem leva vantagem é quem disputa apenas uma ou duas competições.
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