Ao L!, Mascarenhas descarta mágoa com o Fluminense, mas afirma: ‘Queria um pouco de confiança’

Emprestado ao Vitória de Guimarães, de Portugal, lateral admite que concordou em sair porque sentiu que não seria aproveitado por Odair, com quem trabalhou na Seleção Sub-17

Mascarenhas - Fluminense x Madureira
Mascarenhas disputou apenas oito partidas em 2019 (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

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Emprestado ao Vitória de Guimarães, de Portugal, até meados de 2021, Mascarenhas é mais um jogador revelado pelo Fluminense a buscar sucesso na Europa. O lateral-esquerdo de 21 anos está no seu quarto clube na carreira e tenta apagar o ano ruim de 2019, quando conviveu com muitas lesões, que o tiraram de várias partidas da temporada.

A volta por cima ainda não está concretizada, já que por lá, o futebol também está paralisado devido à pandemia de coronavírus. Por isso, é inevitável que o Fluminense ainda seja o assunto quando se trata do jogador. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Mascarenhas explicou os motivos que o fizeram aceitar mais um empréstimo, o terceiro desde que foi promovido para os profissionais, em 2017. O lateral afirmou que não seria aproveitado pela comissão técnica.

- Começou o ano e pelo meu modo de ver os treinamentos, tinha quase certeza de que não seria aproveitado. Chegaram jogadores e por conta do ano passado ruim de lesões, eu precisava respirar novos ares e ter mais oportunidades. Precisava que as pessoas confiassem em mim e apareceu essa possibilidade. Não pensei duas vezes . Lógico que eu queria continuar jogando no Fluminense, mas a oportunidade apareceu e vi que não seria aproveitado esse ano. Então abracei a ideia e vim.

A negociação com o Vitória de Guimarães foi concretizada no fim de janeiro. Portanto, Mascarenhas realizou toda a pré-temporada no Fluminense, coincidindo com o início do Carioca. Mesmo com Egídio fora das duas primeiras partidas, o lateral-esquerdo ficou fora até do banco de reservas e Orinho foi o titular da posição. Apesar da falta de oportunidades, o jogador afirmou que não existe mágoa com o técnico Odair Hellmann, com quem tinha trabalhado na Seleção Sub-17.

- Não, mágoa nenhuma. Na verdade fui campeão Sul-Americano com o Odair na seleção sub-17. Então quando ele chegou no Fluminense, eu achei que teria oportunidades, mas acabou não acontecendo. Não guardo mágoa até porque lá tem excelentes profissionais que estavam trabalhando e eu vinha de lesão. Entendo um pouco o lado do clube também, mas queria um pouco de confiança, porém faz parte.

Apesa da distância, Mascarenha revelou que segue acompanhando o Tricolor e despistou sobre o futuro.

- Claro. Quando dá para assistir, eu assisto, acompanho também pelas redes sociais. Em relação ao futuro, está nas mãos de Deus. O melhor vai ser feito, vou dar o meu melhor aqui e as coisas vão acontecer.

PANDEMIA E ADAPTAÇÃO

Assim como no Brasil, o futebol em Portugal também está suspenso por conta do coronavírus, mudando totalmente a rotina dos jogadores. Mascarenhas também está treinando em casa, com o acompanhamento do clube.

- Aqui em Portugal, no clube em que estou, eles passaram séries de trabalho, estão colocando aparelhos nas casas dos atletas. Todos os dias pela manhã, a gente entra no aplicativo aqui do clube e fazemos o treinamento online com eles, em vídeo, para tudo ser analisado. Estamos trabalhando bastante e contando os minutos para acabar essa crise e podermos voltar para o campo - revelou Mascarenhas, que completou.

- Tem mais de 20 dias que a gente está em confinamento total. Ordem do clube e do país também. O clube está dando total auxílio. Se precisar de um alimento, alguma coisa dentro de casa, eles trazem. Estamos proibidos de sair para a rua.

O jogador afirmou que Portugal está encarando a crise mundial com bastante seriedade e por isso se sente mais confortável por lá, do que no Brasil.

- Na verdade eu me sinto mais seguro aqui. No Brasil as pessoas não respeitam, estão fazendo festa, indo pra rua, enquanto aqui as pessoas são mais disciplinadas. Só sai pra rua quem precisa trabalhar e quem não precisa, está respeitando. Por isso que no local que eu estou tem poucos casos. É uma coisa geral. Se alguém ficar abalado por não poder sair, tem que buscar a força dentro de si porque ninguém tem culpa. Neste momento é esquecer um pouco a vaidade, focar nos cuidados e esperar o momento que o país vai liberar a gente a voltar a trabalhar.

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