Intensidade, artilheiro e fator casa: como o Nacional encara o Fluminense

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A Copa Sul-Americana abre a sua fase de quartas de final e o Fluminense tem um novo desafio pela frente. Após superar as altitudes boliviana e equatoriana, o adversário agora está à nível do mar e carrega uma das camisas mais pesadas da América do Sul. Fundado em 1899 e dono de três títulos de Libertadores e de Mundiais, o Nacional (URU) enfrenta o Tricolor para seguir buscando um dos poucos títulos que ainda não tem no currículo. 

Apesar de não estar vivendo um período vitorioso internacionalmente, o Nacional aposta no seu fator casa para decidir a eliminatória. A ida é no Rio, a volta em Montevidéu, e o estádio Parque Central - onde a equipe tem conseguido bons resultados - deve estar lotado para receber o Tricolor. Para conhecer o adversário, o LANCE! conversou com o jornalista Juan Pablo Romero, do Diario El País, para saber os principais pontos dos uruguaios.

Como o Nacional (URU) chega para a partida?
Nacional chegará após ter jogado o clássico contra o Peñarol (empatou por 1 a 1). Esse encontro é importante pois já que pode definir o 'Clausura' e a tabela anual do Campeonato Uruguaio. O momento é irregular. Nesse semestre, a equipe tem alternado bons rendimentos com atuações em que não conseguiu bons resultados. Um dos problemas é a falta de efetividade, mesmo que tenha Gonzalo Bergessio, o artilheiro do Campeonato Uruguaio. 

Quais são os pontos fortes da equipe?
O ponto mais forte do Nacional é a intensidade com que joga. Quando consegue levar esse aspecto para dentro de campo, é muito difícil que seja derrotado. Do meio para frente, é uma equipe com muitos argumentos ofensivos, talentos individuais e com muitas variantes no ataque. 

E os pontos fracos?
Hoje, um dos pontos fracos é a defesa, que não conseguiu se consolidar neste semestre. Começou jogando com Rafael Garcia e Rodrigo Erramuspe, mas esse último teve atuações ruins e foi barrado por Alexis Rolín, que agora está lesionado. Marcos Angeleri também seria uma opção, mas não pode atuar porque já disputou a Sul-Americana pelo San Lorenzo. O Nacional perdeu o zagueiro e capitão Diego Polenta na metade do ano. 


Qual é a provável escalação?
Esteban Conde; Jorge Fucile, Rafael García, Rodrigo Erramuspe, Alfonso Espino; Matías Zunino, Cristian Oliva, Santiago Romero, Gonzalo Castro; Leandro Barcia e Gonzalo Bergessio - contra o Peñarol, a escalação foi esta abaixo: 

Quem são os principais jogadores?
Nacional conta com um bom goleiro, pois Conde é acostumado a jogar partidas internacionais e é titular no gol desde 2015. O lateral-direito Jorge Fucile, que jogou vários anos na Europa e na seleção uruguaia. Alexander Medina, que é volante central de muita marcação e bom chute de fora da área. Gonzalo Castro, que voltou ao Uruguai neste semestre após passar uma década no futebol espanhol. Gonzalo Bergessio, o artilheiro da equipe. 

Como está sendo o trabalho do treinador?
O trabalho de Alexander Medina é muito bom. É um técnico jovem, que há um ano e meio passou para a equipe principal. Apela muito para a intensidade da sua equipe, busca uma solidez defensiva e transições rápidas. Gosta de ter a posse de bola e jogar pelo lado do campo. 

Como a imprensa uruguaia vê a eliminatória?
Vemos como uma eliminatória parelha, onde pode acontecer qualquer coisa. Tradicionalmente as equipes uruguaias tem dificuldade de enfrentar as brasileiras, mas o Nacional tem conseguido bons resultados - como na Libertadores de 2016, quando eliminou o Corinthians de Tite e a Chapecoense na primeira fase. 

Como a imprensa uruguaia vê o Fluminense atualmente?
Uma equipe forte. Pode não ser das melhores do Brasil, mas tem boas individualidades e um bom treinador. Conhecemos bem o Fluminense pelas suas partidas contra o Defensor (URU). Mostrou ser uma equipe com boas ideias.