Abel Braga pede apoio ao Fluminense e exalta vitória na semifinal do Carioca: ‘Vibrei muito’

Treinador relembrou o episódio de cobrança aos jogadores no aeroporto após a eliminação do Tricolor na Libertadores

Botafogo x Fluminense - Abel Braga
Abel Braga, durante a vitória do Fluminense sobre o Botafogo no Carioca (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC)

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O Fluminense melhorou no segundo tempo e conseguiu sair com a vantagem do jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca vencendo o Botafogo por 1 a 0 no Estádio Nilton Santos. A partida, porém, ainda foi marcada pelo clima ruim após a eliminação precoce na terceira fase da Libertadores, na última quarta-feira. Em entrevista coletiva, o técnico Abel Braga relembrou as cobranças ao elenco no aeroporto logo após a queda e celebrou o resultado nesta segunda Estadual.

- Os torcedores foram claros comigo com tranquilidade e respeito. E eu com respeito também pelo que tenho com os tricolores. Gostaria que não ocorresse mas fui tentar responder algumas perguntas. Se falou demais do problema do Luiz Henrique. Não posso me envolver, só dar a minha opinião. Não teve nada, foi tranquilo, peguei meu carro e saí com minha bagagem sem nenhum tipo de problema. Se teve antes eu não vi. O rapaz que fez a manifestação com o Mário me chamou e eu fui. Realmente estava tenso o ambiente. Nós não vimos nada mas pelo que aconteceu antes com o segurança - disse o treinador.

- Essa tristeza que eu sinto, os jogadores sentem, o presidente também. Mas é mais uma vitória, mais um clássico. As pessoas não entendem muito porque temos jogadores que decidem. Dizem que estou jogando com três zagueiros, mas ninguém fala dos três atacantes. Essa coisa apaixonada do torcedor tem que respeitar. Fiquei feliz com a vitória, vibrei muito. O Botafogo veio bem armado, arriscando, mas talvez por ter três zagueiros naqueles 20 primeiros minutos e os atacantes tentando tirar a saída de bola, os três zagueiros foram importantes - completou.

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O treinador falou sobre como o elenco fez para deixar para trás os acontecimentos no Paraguai e focar nos jogos decisivos do Carioca. O Flu terá os dois jogos da semifinal e só no próximo mês inicia a disputa da Copa Sul-Americana, na qual conhece os adversários da fase de grupos no próximo dia 25.

- A gente entende esse momento de ansiedade do torcedor, fomos campeões da Guanabara, mas eles querem mais. É fundamental você apoiar, já teve exemplos de desclassificação, e no fundo a equipe brigou pra não cair de divisão. Apesar do respeito que temos pelo torcedor, o apoio é muito importante. O jogador se sente acarinhado. Não deu lá, paciência. Ninguém vai imaginar que tomaremos um gol aos 44, depois perder nos pênaltis, que é loteria. Aconteceu contra a vontade de todos. Mas os jogadores foram bem dignos, existe uma cumplicidade muito grande entre eles, quem joga, quem entra. Isso dá uma satisfação pessoal muito grande. Isso é um jogo de 180 (minutos). Terminou só o primeiro tempo - completou.

Com a vitória, o Flu tem boa vantagem na semifinal, já que o empate do placar também dá a vaga na final ao Tricolor após o título da Taça Guanabara. O duelo de volta acontece no próximo domingo, dia 27, às 16h, no Maracanã. O Tricolor foi mal no primeiro tempo e só melhorou após as entradas de Paulo Henrique Ganso, Yago Felipe e Nonato na segunda etapa. 

- Jogamos com uma equipe considerada titular, a que mais jogou. Mas em todas as oportunidades os jogadores que entraram fizeram a diferença. Hoje foi da mesma forma. No primeiro tempo trabalhamos muito a bola entre os zagueiros para cansar um pouco os atacantes do Botafogo, é difícil marcar a saída com três. Chega um determinado momento que você vê que está pesado, mas eles tiveram apenas uma oportunidade de gol, que o Marcos defendeu. O legal é isso - analisou.

- Foi mais um clássico. O presidente foi muito feliz na roda com os jogadores. Por mais que tivéssemos trabalhado, ele sentia a tristeza pela derrota no Paraguai. Eu mesmo fiquei surpreendido. Falei que não me sentia capaz de mudar a cabeça deles, mas eles mudaram a minha. Eles batalham muito. Hoje nenhuma equipe fez 16 jogos com 13 vitórias, duas derrotas e um empate. Cinco gols sofridos. Aí você pensa naquela sequência que ganhou tudo e foi perder justamente quando não gostaríamos. Depois teve o incidente do aeroporto. É uma equipe de jovens. Estou muito contente. Quem entrou resolveu mais uma vez - finalizou.

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