Corinthians de Sylvinho vai crescer conforme entender suas limitações

Atuação diante do América-MG mostra que montar um time com segurança defensiva é o que de melhor se pode fazer com as peças disponíveis no elenco neste momento

América-MG x Corinthians
Fagner, Gabriel e Cássio serão peças fundamentais neste momento (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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O Corinthians conquistou sua primeira vitória no Brasileirão-2021, no último domingo, ao bater o América-MG, que deve ser um adversário direto na faixa inferior da classificação do campeonato. E o primeiro triunfo sob o comando de Sylvinho somente veio por conta da escolha de uma estratégia conservadora, que se encaixa perfeitamente ao que o elenco oferece atualmente.

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A partir do momento em que o novo treinador entendeu que não é possível, por ora, implementar um jogo de imposição, com linhas altas e troca de passes no campo do adversário, ele adiantou mais da metade do caminho para conquistar seu primeiro resultado positivo. A outra parte dessa trajetória se deu pela escolha por determinados jogadores para executar tais funções.

Nas duas primeiras partida com Sylvinho, o Timão enfrentou o Atlético-GO, uma equipe extremamente bem arrumada, com jogadores rápidos para o contra-ataque e eficientes para defender e definir as partidas. Foi assim, aproveitando os erros corintianos e apostando na compactação defensiva que os goianos tiveram duas vitórias tranquilas e muito merecidas em São Paulo.

Sem jogadores para criar um jogo propositivo no ataque e sem o tempo necessário para trabalhar as linhas altas da defesa, o sistema faliu em pouco tempo e expôs alguns atletas, que acabaram falhando em suas funções. Por essas e outras, Sylvinho optou por mudar o time, trocando cinco peças em relação ao último duelo com o Atlético-GO, pela Copa do Brasil.

João Victor, Fábio Santos, Gabriel, Roni e Cantillo substituíram Lucas Piton, Raul Gustavo, Camacho, Ramiro e Mateus Vital. As mudanças visivelmente tiveram motivações defensivas, principalmente ao tirar um meia-atacante e colocar mais um volante, mas ai é que mora o entendimento de que, no momento, isso é o que um time na situação do Corinthians deve fazer para ganhar confiança.

Com Fábio Santos e João Victor, a defesa ganhou altura e característica mais preparada para defender. Contra o perigoso Ademir, por exemplo, um lateral agudo como Piton poderia sofrer. Gabriel, Roni e Cantillo, foram os diferenciais no sistema, pois os dois primeiros fecharam o meio, deixaram os lados do campo mais livres e deram sustentação para o colombiano distribuir o jogo como um armador quando a equipe tinha a bola. E era esse mesmo o plano.

Essa liberdade pelos lados, principalmente o direito, proporcionou que talentos individuais como Fagner e Gustavo Mosquito pudessem explorar as fraquezas do adversário, que uma hora sucumbiu depois de duas boas defesas de Cavichioli. Mosquito, o "cara" das jogadas individuais sofreu pênalti, o terceiro seguido nos últimos jogos e foi assim que Fábio Santos marcou para a vitória.

Em resumo, o Corinthians teve um atuação conservadora, se fechando atrás e buscando uma bola eficiente no ataque. É muito pouco para um clube dessa grandeza? Com certeza! Mas é necessário para este momento. Somente dessa forma a equipe conseguirá a solidificação e a segurança adequadas para pensar em crescer e alçar voos maiores em qualquer competição disputada.

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