Corinthians mostra maturidade ofensiva, envolve e poderia golear

Vitória por 2 a 0 sobre o Montevideo Wanderers, em Itaquera, assegura vantagem tranquila para a partida de volta pela Copa Sul-Americana, mas time merecia balançar mais as redes

Corinthians x Montevideo Wanderers
Vagner Love foi um dos mais participativos da equipe, mas desperdiçou quatro boas oportunidades de gol (AFP)

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O Corinthians, definitivamente, mostrou uma maturidade ofensiva, evoluindo no quesito desde o que apresentou nos primeiros jogos do segundo semestre. A vitória por 2 a 0 sobre o Montevideo Wanderers, nesta quinta-feira, em Itaquera, expõe isso. E a vantagem para se classificar às quartas de final da Copa Sul-Americana poderia ser maior, com uma goleada nesta noite.

Na próxima quinta-feira, no Uruguai, a equipe do técnico Fábio Carille continuará na competição até se perder por dois gols de diferença, contanto que balance as redes na casa do Montevideo Wanderers - gol fora de casa conta como critério de desempate. Diante do que se viu em São Paulo, dá para apostar, sim, em gol dos visitantes em Montevidéu.

As estatísticas expõem a superioridade dos anfitriões em Itaquera. O Footstats aponta 62,35% de posse de bola, média que pouco mudou ao longo do jogo, e muito mais tentativas na comparação com os uruguaios em cruzamentos (24 a 11), assistências para finalização (12 a 2), desarmes (18 a 11) e, principalmente, em finalizações (13 a 4, mais do que o triplo) e passes (534 (483 a 327, sendo que o índice de acerto nos passes corintianos foi de 90.45%).

A maturidade ofensiva se mostrou com o entrosamento de Vagner Love, Clayson e Pedrinho, o trio ofensivo. Os três fizeram o ataque funcionar mesmo sem a ajuda de Sornoza, novamente muito apagado, sem dar à equipe a possibilidade de jogadas centralizadas - quando elas ocorreram, foi mais por conta das subidas do volante Junior Urso.

Love é a referência e a solução tática para o desempenho ofensivo corintiano. Movimenta-se o tempo todo, puxando os colegas para pressionar a saída de bola rival, dá opção, procura a tabela e tem senso de posicionamento para usar sua velocidade sem ficar impedido. Nesta noite, só faltou ajudar tecnicamente. O camisa 9 desperdiçou quatro excelentes oportunidades.

Mas o experiente atacante, capitão do Corinthians, mostrou que não se abala. Foi completamente consciente, diante do gol, para rolar para trás e Clayson, completamente à vontade, abrir o placar, aos 20 minutos de jogo. As redes foram balançadas novamente somente aos 42 minutos do segundo tempo, em belo chute de Pedrinho, concluindo nova jogada bem trabalhada, com troca de passes no ataque. Entre os dois gols, imposição, e chances desperdiçadas.

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A sensação de goleada foi se perdendo no segundo tempo, mas Carille mostrou que também quer mais ofensivamente da equipe. Diante de um rival que raramente atacava com mais do que três jogadores, o técnico fixou um quarteto à frente de Cássio e abriu mão de Gabriel para colocar Jadson. Depois, cansou de Sornoza para escalar Matheus Vital, e ainda ganhou presença de área com Boselli no lugar de Clayson.

O campo do Montevideo Wanderers estava ocupado, e o adversário levou perigo somente em chute de fora da área no segundo tempo, obrigando importante defesa de Cássio. Partida nas mãos, e a vaga poderia estar praticamente selada. A vantagem, contudo, tende a ser suficiente, principalmente se o desempenho ofensivo se repetir no Uruguai.

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