Fabrizio Gallas: ‘Bia Haddad dá um importante 1º passo nesse caótico Wimbledon’

Coluna comenta sobre a vitória na estreia e os problemas de Wimbledon com a chuva

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Bia Maia em Eastbourne / Crédito: Jimmie 48 Photography

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Beatriz Haddad Maia fez uma boa estreia na grama de Wimbledon. Começou abaixo, errando, mas a Santa Chuva deu aquela ajuda como a própria disse em entrevista após a partida. 

Já após a primeira paralisação era nítido que havia recuperado a precisão e voltou com tudo após a segunda. Um deslize para o meio do terceiro set, mas sacou bem e devolveu firme no final. Usou suas melhores armas que se encaixam bem com a superfície, como vimos nos seus resultados do ano passado.

Foi uma importante  vitória e um primeiro passo. O segundo já vem nesta quinta-feira em torno das 9h30. Um jogo onde é favorita contra a romena Jaqueline Cristian, 133ª do mundo. O que pode preocupar é a questão da lesão, do incômodo que vem sentindo diante de menos de 24h de recuperação.

Para quem pensa que a chuva deu um dia a mais de descanso para a brasileira não é muito bem assim. A chuva atrapalha o atleta nas rotinas, não se pode treinar direito, você para e fica horas esperando como ocorreu na terça-feira fora o estresse mental que isso tudo causa. Poderemos analisar nesta quinta como está a parte física da brasileira, se vai aguentar bem ou não. Estando bem, a chance de ir para a terceira rodada é enorme e quebraria mais uma barreira pessoal.

O mau tempo vem deixando o torneio caótico. 18 jogos de primeira rodada irão começar ou serem completados nesta quinta, quarto dia do torneio - quando deveriam ser finalizados na terça. 

Alguns já estão adiantados e com certa vantagem. Novak Djokovic e Jannik Sinner no masculino, Daria Kasatkina e Iga Swiatek no feminino. Únicos na terceira rodada e com jogo dia sim e dia não como previsto. Carlos Alcaraz teve sua segunda rodada adiada para sexta-feira e poderá acavalar partidas com o sábado.

É um quebra-cabeça que a organização vem tendo que resolver que vai privilegiar mais uns do que outros. Daí vem os que já tem um histórico bom no torneio e são favoritos e têm o usufruto de atuar nas quadras cobertas. Ainda bem que temos elas, pois já vivemos épocas passadas de drama e a situação estaria bem pior no momento.

Curtinhas:

Thiago Monteiro voltou a jogar bem, mas bateu na trave, errou em momentos importantes no 2º e 3º sets e pagou caro. As situações vão se repetindo, as derrotas chegando e o ranking cobra isso. Terá que repetir o título do forte challenger de Salzburgo na semana que vem para evitar a saída do top 100. Fora do top 100 ele pode ficar de fora das chaves principais dos Grand Slams, por exemplo. Prejuízo danado. A questão principal é que sua confiança parece abalada uma vez que tentou challengers antes de Wimbledon e parou cedo neles. 

E está aberta a disputa pelo número 1 do país. Thiago Wild pode assumir tal condição de forma virtual se fizer final essa semana em Karlsruhe. Precisaria ratificar semana que vem onde segue na Alemanha, em Braunschweig. Vamos aguardar, mas desde o início do ano o paranaense vem jogando o melhor tênis do país no masculino. 

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