Papo com Helio Castroneves: Sebring, da liderança ao abandono por causa de uma porca

Piloto brasileiro fala sobre prova em Sebring, a segunda etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship

Helio Castroneves
Helio Castroneves correu na Flórida (Foto: Richard Dole)

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Olá, amigos, tudo bem? Já estou aqui no ritmo da segunda etapa do NTT IndyCar Series, que será disputada não nesse domingo, mas no outro, dia 2 de abril, no Texas Motor Speedway. Quero muito ir bem nessa prova para, por assim dizer, começar meu campeonato, já que em St. Pete minha corrida não durou uma volta, como já contei aqui para vocês. Mas sobre a etapa texana, vamos falar mais na coluna da semana que vem. Agora, quero comentar como foi nossa prova em Sebring, a segunda etapa do IMSA WeatherTech SportsCar Championship.

A Mobil 1 Twelve Hours of Sebring estava na nossa agenda como uma prova para ser de muito sucesso, bem no embalo de nossa vitória na Rolex 24 at Daytona, de janeiro. Mas, no final das contas, ficamos pelo caminho por causa de uma porca. Sim, uma porca, aquela que segura roda no carro. O Tom Blomqvist estava a bordo do Acura ARX-06 #60 da Meyer Shank Racing, já na parte final da corrida de 12 horas, quando soltou a roda esquerda traseira, na curva 1, e nossa participação acabou aí.

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Não foi por algum problema de nosso pessoal de pit stop. Nossos rapazes foram geniais o tempo todo e repetiram, no último pit, o ótimo trabalho de todos os outros. Constatamos que, na verdade, o problema estava na porca – como se diz no interior, a porca torceu o rabo.

Já há tempos que o automobilismo utiliza o sistema de porca única por roda, visando eficiência na hora de trocar os pneus, menor peso, menos elementos passíveis de quebra e também segurança. Essas peças são muito precisas e um pequeno detalhe, que eu nem sei se dá para chamar de defeito de fabricação, acaba fazendo grande diferença, como foi o caso de uma folguinha milimétrica que nem era possível de perceber a olho nu.

Muito provavelmente, essa folguinha foi crescendo com o esforço das voltas. Tanto que num dos pit nosso pessoal percebeu que precisou aplicar menos força para a roda sair, sinal de que na parada ela já estava meio solta. Na primeira vista, parecia que o aperto anterior não tinha sido bom, mas já era sinal de que tínhamos problemas.

Foi uma pena, pois chegamos a liderar a prova por várias voltas, a chance de vitória não era desprezível e, pelo menos, um pódio teríamos garantido. Tudo isso faz parte, a equipe já solucionou o problema e o Tom e o Colin Braun já estarão lutando por vitória na próxima prova.

Como expliquei no início do ano, o Tom e o Colin são os titulares. Eu só entro nas provas longas. Foi assim em Daytona e Sebring. Agora, eles farão as demais provas, reservadas para a dupla titular, e eu só volto ao carro na final do campeonato, a Petit Le Mans. No ano passado, participei e ajudei a Meyer Shank Racing a vencer o campeonato. Vamos lutar para repetir a dose no final do ano.

É isso, amigos. Forte abraço a todos e até semana que vem.

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