De Paulo César a Paulo Baier: o ‘legado’ de um aniversariante

Ex-meia, que completa 42 anos nesta terça-feira, enumera ao LANCE! algumas das lembranças dos clubes pelos quais passou em sua carreira 

Paulo Baier Ijuí
Paulo Baier sendo homenageado em seu último jogo (Foto: Divulgação/São Luiz)

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A chegada aos 42 anos faz Paulo Baier trazer boas memórias do "legado" que deixou no futebol. Comemorando nesta terça-feira seu primeiro aniversário após pendurar as chuteiras, o ex-meia conta ao LANCE! algumas de suas recordações, desde a primeira passagem pelo São Luiz:

- Foi um início com muitas dificuldades, no qual batalhei muito. O São Luiz investiu em mim, sou muito grato, e isto me faz ter mais lembranças do que na minha última passagem, que já trazia um fim de ciclo.

As passagens por Atlético-MG, Botafogo, Vasco (no qual venceu o Rio-São Paulo de 1999) e América-MG (onde ganhou a Sul-Minas de 2000), também são exaltadas por ele, à época o lateral-direito Paulo César. Porém, Baier lamenta a maneira como ia de um clube para outro na época:

- Minhas lembranças são ótimas, mas meus contratos eram todos de seis meses. Esse acordo na época acabou me prejudicando a render mais do que eu podia.

Neste mesmo período, além da passagem com título catarinense pelo Criciúma em 1998, Santos e Pelotas,  o ex-jogador fez testes no Newcastle (ING) e no Venezia (ITA). A frustração, no entanto, foi apagada com o tempo:

- Logicamente, tinha um sonho bem encaminhado, mas acabei não rendendo. Foram coisas de empresário, que não aparecia nos momentos mais difíceis.

O "salto", porém, coincidiu com uma mudança causada de maneira forçada. Por ter um "xará" em sua segunda passagem no Criciúma, Paulo César teve de mudar seu nome para Paulo Baier. E ele nunca mais se arrependeu:

- O Paulo César era um nome comum, por isso a mudança foi importante. A própria imprensa deu destaque. Coincidiu também do título na Série B, e uma grande campanha. 

Paulo Baier vê com carinho a maneira como as torcidas do Atlético-PR e Goiás o tratam:

- A gente se torna ídolo pela identificação, pela dedicação, reconhecimento do trabalho. Isso é muito gratificante.

Sua passagem no Palmeiras também é lembrada de maneira serena. Aos olhos do ex-meia, a forma como foi tratado contribuiu para seu bom futebol render em 2008:

- Só tenho a agradecer ao clube. A gente vivia um momento ruim mas, mesmo assim, consegui render bem, entrei na seleção do Campeonato Brasileiro. Pude mostrar meu futebol, a saída foi apenas em relação à questão salarial.

A passagem pelo Sport é vista com momentos de altos e baixos:

- Vencemos o Estadual em 2009 e na Libertadores, conseguimos passar de fase, foi excepcional. Mas depois, não deu muito certo, e acabei saindo.

Segundo ele, ida para o Ypiranga-RS já começou a indicar um desejo de encerrar a carreira:

- Quis ficar mais próximo do Rio Grande do Sul. Um acordo foi montado, foram vendidas mais de três mil camisetas, tenho muito agradecimento pelo esquema montado em Erechim. Conseguimos ir bem no Gauchão. Depois fui para o Juventude, onde na época lidei com salários atrasados e uma estrutura muito inferior à de hoje. Dou os parabéns ao Antônio Carlos (Zago) pelo trabalho atual.

Com sabedoria, Paulo Baier também fala da maneira como o jogador de futebol tem de lidar com seu empresário e as pessoas que o cercam:

- No momento mais difícil da carreira, é quando a gente mais precisa e tem de contar com qualquer pessoa. Elas não podem aparecer apenas nos momentos em que você está bem. 

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