LANCE! Espresso: Limite na troca de técnicos é um raro acerto da CBF
Novidade aprovada por clubes já vale para o próximo Campeonato Brasileiro

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A CBF anunciou ontem uma novidade para a próxima edição do Campeonato Brasileiro. De forma inédita, a entidade aprovou com os clubes da Série A o limite de dois técnicos durante o torneio, ou seja, apenas uma demissão será permitida. Os técnicos, por sua vez, só poderão treinar dois times diferentes no campeonato.
A medida merece ser elogiada. Há décadas a imprensa esportiva aponta (com razão) a falta de convicção na escolha dos treinadores, o que provoca uma interminável danças das cadeiras. As sucessivas trocas também representam um peso financeiro considerável - não é raro ler que grandes clubes sofrem para pagar dívidas com vários treinadores já dispensados.
A decisão, ainda que em votação apertada (11 a 9), é democrática e pode indicar uma evolução no planejamento dos integrante da Série A. Antes de assinar, será necessário muito mais estudo sobre o perfil do profissional, o esquema tático desejado e as próprias pretensões dentro da disputa.
Um dos argumentos bastante válidos da CBF é que os treinadores precisam ser tratados como os atletas, que também têm trocas limitadas durante o mesmo torneio.
O tal "fato novo", bastante usado para corrigir rotas, continuará existindo, mas sem mais o volume desenfreado e, muitas vezes, injusto com os personagens envolvidos. A overdose de troca de técnicos escancarava as graves falhas de gestão. Que a inovação seja o início de uma nova mentalidade no futebol brasileiro.
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