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Do G6 à ‘influência externa’! Lembre o que marcou o Brasileirão de 2016

Competição deixa como lembranças declarações polêmicas, trocas de técnicos, ascensões e quedas surpreendentes e uma leva de saudades e muita coisa que deu o que falar

Taça do Brasileirão 2016 (Foto: Divulgação/CBF)
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O Campeonato Brasileiro teve seu ponto final no último domingo, mas suas lembranças ainda se estenderão por muito tempo na memória do torcedor. Além do título do Palmeiras e do inédito rebaixamento do Internacional, muita coisa deu o que falar neste 2016.

O LANCE! traz o panorama dos fatos que marcaram a competição. Confira!

LIBERTADORES? HÁ VAGAS!

O início de outubro sacramentou uma mudança na lista de vagas para a Copa Libertadores de 2016: da noite para para o dia, o Brasileirão pulou do credenciamento dos quatro primeiros para seu inédito G6. Além do campeão Palmeiras, coube a Santos, Flamengo, Atlético-MG, Botafogo e Atlético-PR inaugurarem a nova lista de vagas.

'CUCABOL'

O Palmeiras teve seu estilo de jogo contestado por parte da imprensa, que qualificou a equipe como refém de jogadas ensaiadas, como cobranças de laterais de Moisés e jogadas aéreas. Surgiu assim a expressão "Cucabol" (uma referência ao técnico Cuca). Alheio a isto, o Palmeiras foi começando a se firmar na liderança, viu nomes como Gabriel Jesus e Tchê Tchê se destacaram, e levou o título com antecedência.

CHANCE AGARRADA COM FIRMEZA

Com Fernando Prass lesionado e o reserva imediato, Vagner, em má fase, coube a Jaílson a responsabilidade de ficar na meta. E o outrora terceiro goleiro agarrou a titularidade em grande estilo, tornando-se fundamental com suas defesas, e terminando o Brasileirão com o Verdão invicto em jogos em que ele esteve em campo. 

E ESSE CHEIRINHO...?

Sob o comando de Zé Ricardo, um interino alçado a efetivado, o Flamengo viu a chegada de Diego e a ascensão de nomes como Réver, Leandro Damião e Guerrero fazerem a confiança saltar no coração da torcida rubro-negra, que criou a expressão "cheirinho de hepta". Frequentemente, os torcedores foram ao aeroporto para apoiar a delegação nas viagens para jogos decisivos. Mesmo tendo que mandar jogos longe do Rio de janeiro, a equipe rondou a liderança, mas derrapou no fim.

A ESTRELA SOLITÁRIA SOBE!

O Botafogo iniciou o Brasileirão sob o rótulo de uma equipe que brigaria para não cair, e patinando feio em suas primeiras partidas. Quando a situação parecia piorar com a saída de Ricardo Gomes, porém, eis que o Fogão emergiu em grande estilo: sob a regência de Jair Ventura, a equipe se encaixou, foi galgando posições e terminou o ano com uma das vagas da Libertadores de 2017.

TIMÃO SEM RUMO

Já o Corinthians até começou bem, mas, depois da saída de Tite para a Seleção Brasileira e das denúncias da Lava-Jato sobre suspeitas na Arena Corinthians, degringolou no Brasileirão. Vieram Cristóvão Borges, Fábio Carille e Oswaldo de Oliveira mas... a equipe passou longe do título e viu o sonho do G6 se esvair na última rodada. Durante um clássico diante do Palmeiras, houve xingamentos até para o mandatário Roberto de Andrade.

TRICOLOR PAULISTA, DE NOVO, VAI MAL

A outra decepção paulistana veio no Morumbi. Com uma série de crises internas e pressões de organizadas, o São Paulo chegou a se aproximar da zona de rebaixamento. Após a saída de Edgardo Bauza, que não deu padrão ao time, a equipe seguiu patinando e passou por nova mudança. Agora, a espera fica por Rogério Ceni em 2017.

PORTUGUESES NAUFRAGAM NO BRASIL

O Brasileirão viu o desembarque de um técnico de nível europeu: Paulo Bento, que tem no currículo comandos do Sporting e da seleção de Portugal, foi contratado pelo Cruzeiro em maio. Porém, sua aventura durou cerca de dois meses e muita frustração. Outro técnico português foi ainda pior em terras tupiniquins: Sérgio Vieira durou 43 dias no América-MG, tendo uma vitória em nove jogos.

TÉCNICOS ITINERANTES

A dança das cadeiras já é algo corriqueiro ao falar de técnicos no Brasileirão. Porém, houve quem pulou de galho em galho. Ricardo Gomes oscilava no Botafogo quando deixou o clube rumo ao São Paulo, de onde foi demitido por maus resultados. Já Argel Fucks passou por três times diferentes: caiu no Internacional, pediu demissão no Figueirense e salvou o Vitória do rebaixamento apenas na última rodada do Brasileirão. 

O AVISO VEIO DE FORA?

Em 13 de outubro, um gol anulado entrou para a história do Fla-Flu. O tricolor Henrique estufou a rede nos últimos minutos da partida em Volta Redonda. A princípio, o assistente anulou a jogada, por impedimento. Porém, ao saber que era o zagueiro quem fizera o gol, o árbitro Sandro Meira Ricci a validou. Pouco depois, houve um mistério, uma leva de pressões e, sob suspeita de influência externa, a jogada foi novamente anulada por Ricci. A vitória por 2 a 1 do Rubro-Negro foi impugnada a princípio, mas os três pontos foram validados. 

APITO EM XEQUE

Após o polêmico Fla-Flu, cartolas não pouparam pressões à arbitragem. O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, definiu que o clássico foi "uma reunião de condomínio" e ainda disse: 'Ninguém vai levar o campeonato na mão grande'. O mandatário do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, questionou a arbitragem do jogo entre Verdão e Figueirense, e ainda disse: 'Mas fazer o quê? Está sendo assim desde o início do campeonato?'.

CADÊ O GRINGO QUE ESTAVA AQUI?

O Atlético-MG não ficou marcado apenas pelo faro de gol de Fred, Robinho e Pratto. Após servir à seleção do Equador, Cazares não se reapresentou ao lado da delegação do Galo e irritou a diretoria.

AMARGURA COLORADA

Campeão gaúcho, o Internacional começou o Brasileirão de maneira promissora e até ficou na liderança por algumas rodadas. Porém, a derrocada veio em grande estilo: em um turno foram apenas oito pontos. Em meio a uma volta do dirigente Fernando Carvalho e a entrada de uma "SWAT Colorada", quatro treinadores passaram pelo Beira-Rio. A equipe gaúcha viu este planejamento atropelado culminar no inédito rebaixamento.

STJD E COMPARAÇÃO TRÁGICA

A reta final colorada ainda trouxe episódios marcantes de maneira negativa. Irritado pelo adiamento em uma semana da rodada, devido à tragédia que abalou a Chapecoense, o dirigente do Internacional, Fernando Carvalho, soltou a frase "também temos a nossa tragédia particular", e precisou se retratar. Para completar, o clube entrou no STJD pedindo punição ao Vitória, por uma suposta irregularidade do zagueiro Victor Ramos. Houve até suspeita de falsificação de documentos da CBF.

CRUZ PARA CARREGAR

O Santa Cruz chegou até a dar o ar de sua graça no Brasileirão, com direito a Grafite colecionar uma leva de gols e a equipe ir para a liderança. Porém, a crise financeira na qual o clube está mergulhado foi refletida em campo, e o final foi bem triste: penúltima colocação, com queda antecipada.

E ISSO TINHA DE APARECER...

Os baderneiros continuaram a surgir pelos estádios afora, e custaram punições a seus respectivos clubes. Torcidas de Palmeiras e Flamengo brigaram, com direito a spray de pimenta no Mané Garrincha. No Maracanã, corintianos tiveram de esperar e foram encaminhados para a delegacia para, depois, serem identificados e responderem a processos. Brigões também renderam um momento lamentável em Porto Alegre: colorados invadiram residência de um casal identificado como autor de um "drone" que sobrevoou o Beira-Rio com a letra B e depredou o carro, a casa e fez ameaças. Curiosamente, os donos da casa também são torcedores do Inter.