Erros individuais marcam derrota do Botafogo na Sul-Americana

Alvinegro levou gol quando era melhor em campo, por conta de um passe errado de Marcelo no campo de defesa. Com vantagem no placar, Galo administrou resultado

Botafogo x Atlético MG
Marcelo Benevenuto bobeou no lance do gol do Atlético-MG (Foto:MAURO PIMENTEL / AFP)

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O Botafogo começou as oitavas de final da Copa Sul-Americana com o pé esquerdo. Nesta quarta-feira, a equipe comandada por Eduardo Barroca abusou dos erros individuais e viu o Atlético-MG conseguir aproveitar os espaços vazios e, com a vitória por 1 a 0, construir uma boa vantagem para o jogo da volta, na próxima semana, em Belo Horizonte. O LANCE! enumera razões para o resultado negativo do Alvinegro. 

ATÉ QUE TUDO COMEÇOU BEM

Botafogo x Atlético MG
João Paulo começou bem o jogo (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

Se o Botafogo de Eduardo Barroca vem sendo marcado pela falta de criação com a bola no pé, tal questão não pôde ser replicada nos primeiros minutos do duelo desta quarta, no Nilton Santos. Sempre que teve a posse, o Alvinegro tentou acelerar as jogadas, principalmente com passes de João Paulo e Alex Santana, os dois atletas que mais apareceram na primeira etapa.

Os dois, justamente, foram os responsáveis pela grande maioria dos lances de certo perigo do Botafogo. O Atlético-MG marcou a saída de bola do Alvinegro no campo defensivo, e João Paulo e Alex Santana tiveram bom aproveitamento nos passes e nas movimentações para escapar de tal marcação.

ERROS INDIVIDUAIS SÃO A TÔNICA

Botafogo x Atlético MG
Vinicius fez o gol do Galo na partida (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

Quando saía da pressão, o Botafogo tinha espaço para construir um ataque, mas a equipe esbarrou nela mesma. Os próprios jogadores do Glorioso - principalmente Luiz Fernando e Erik - não estavam em um dia inspirado e não deram continuidade às tramas por erros nas tomadas de decisões.

Os erros individuais não pararam por aí. Talvez no maior equívoco de um jogador do Botafogo na partida, Marcelo Benevenuto recuou a bola errado no campo de defesa, Elias roubou e Vinícius aproveitou a defesa desajustada para marcar. O Atlético-MG tirou o zero do placar justamente no melhor momento da equipe comandada por Eduardo Barroca na partida.

INTERVALO COM SUBSTITUIÇÕES, MAS O TIME MUDOU?

Botafogo x Atlético MG
Barroca tentou mudança de postura (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

Com o placar desfavorável, Eduardo Barroca voltou para a etapa complementar com duas mudanças: Gustavo Bochecha e Igor Cássio nos lugares de, respectivamente, João Paulo e Luiz Fernando. Em tese, seria uma equipe com menos velocidade mas mais poder físico e de qualidade no passe no meio.

Na prática, porém, os dois jogadores que entraram em campo pouco contribuíram para o andamento do Botafogo. Bochecha não conseguiu dar o dinamismo que João Paulo apresentara no primeiro tempo e a equipe ficou menos intensa na transição entre meio e ataque. Igor Cássio, por sua vez, ficou deslocado atuando na ponta esquerda e foi anulado pela defesa do Galo.

EXPULSÃO É GOLPE DURO

Botafogo x Atlético MG Carli
Carli foi expulso no segundo tempo (MARCELO DE JESUS / RAW-IMAGE)

Torcida começando a pressionar por melhora no placar, equipe com pouca criação e vantagem do resultado. O ambiente do segundo tempo era favorável ao Atlético-MG, que ainda viu tal cenário evoluir, com a expulsão de Carli, após a revisão do VAR, por uma chegada forte em Papagaio.

Com um a menos, a preocupação do Botafogo deve ir além da partida desta quarta-feira. Com a expulsão de Carli, o único zagueiro disponível para o jogo da volta, em Belo Horizonte, é Marcelo Benevenuto. Gabriel só pode atuar contra o Atlético-MG pelo pagamento de um milhão de reais, Helerson foi negociado com o futebol português e Kanu não está inscrito na Sul-Americana.

SEGUNDO TEMPO APÁTICO

Botafogo x Atlético MG Erik
Ataque do Botafogo não foi bem (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

O Botafogo sentiu o gol tomado pelo Atlético-MG. Desde que Vinícius balançou as redes, o Alvinegro não repetiu o desempenho de parte do primeiro tempo e tal cenário foi vantajoso apenas para o time mineiro, que não se colocou sob risco e volta para casa com uma grande vantagem para garantir a classificação às quartas de final da competição.

As substituições feitas por Eduardo Barroca não surtiram efeito e o Botafogo piorou na segunda etapa. Sem João Paulo, o time sentiu falta de um jogador que 'brigasse' com a intensidade do meio-campo do Atlético-MG e, com poucos toques no campo de ataque, a criação de chances foi basicamente mínima.

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