Cartola do Botafogo expõe Textor em áudio vazado: ‘Não tem dinheiro’
Dono da SAF do clube carioca vive embate com a Eagle Football Holdings

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Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do Botafogo, expôs uma situação comprometedora de John Textor no comando da SAF do Glorioso. Em áudio vazado, nesta terça-feira (5), o antigo mandatário afirmou que o empresário "está tentando ficar" com o clube, mas não tem dinheiro. O Lance! confirmou a veracidade do vazamento.
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A situação existe por conta do recente embate entre John Textor e a Eagle Football Holdings. Na última segunda-feira (4), a empresa, que tem o empresário como sócio, entrou com uma ação na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra o dono da SAF do Glorioso.
Os demais acionistas da Eagle alegam que Textor fez movimentações ilícitas no comando do clube carioca e pederiam suspensão das medidas. O estadunidense é apontado pelos outros sócios como um risco para os negócios. As partes vivem em guerra desde o mês de abril, quando problemas na gestão do Lyon, da França, foram divulgados e criticados em grande escala.
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Cartola do Botafogo se manifesta
Diante do cenário caótico, Carlos Augusto Montenegro se manifestou sobre caso. Em um áudio vazado, que viralizou nas redes sociais, nesta terça-feira (5), o cartola alvinegro se mostrou preocupado com o futuro do clube carioca. Veja a transcrição da declaração abaixo:
"Esse fundo de investimentos, que é o segundo maior dos Estados Unidos... O John Textor os procurou, e eles destinaram, dos US$ 500 bilhões que têm, US$ 10 bilhões pra investir no esporte. Uns 3 bi por ano a partir de 2022. O Textor conseguiu se aproximar desses caras e pegou US$ 450 milhões para a Eagle, e a razão principal foi para comprar o Lyon na França. A Ares foi na lábia do Textor e colocou US$ 450 milhões na Eagle e, como garantia, pegou todos os ativos da Eagle: contratos de televisão, de material, e pegou as ações dos sócios. Todas as ações do John Textor. Esse empréstimo, além do volume e do valor, tem juros um pouco mais alto que os juros de mercado nos Estados Unidos. E o Textor não estava conseguindo pagar. Vendeu o Crystal Palace, amortizou uma parte, mas ainda está devendo uns US$ 350 milhões (mais de R$ 1,9 bilhão, em cotação desta terça-feira).
Não tem dinheiro e perdeu as ações. Os caras executaram as ações que foram dadas em garantia. O Textor, agora, está tentando sair fora da Eagle. Na verdade já saiu no papel, parece que é isso. Mas está tentando ficar com o Botafogo. Só que ele precisa de dinheiro. Ele, pessoa física, não tem dinheiro, e está tentando falar com outras pessoas para ajudar a comprar. A Ares não quer negociar muito com ele, mesmo ele tendo dinheiro. Deve ter feito algumas e outras coisas não muito interessantes.
Seja lá no Lyon, onde já foi expulso e não pode botar o pé lá, seja em outras discussões. A situação é essa. Essa Ares é o segundo maior fundo de investimento dos Estados Unidos. Não tem esse negócio de história, de 100 anos de Botafogo, não. O que tem agora é dinheiro em cima da mesa. É uma briga entre os sócios que compraram o Botafogo e ficaram com 90% da SAF. Teoricamente, a gente não tem nada a ver com essa briga, mas é o que está acontecendo. Espero que eu tenha sido claro. Qualquer coisa, me pergunta".

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