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Em recuperação, Éverton Ribeiro desabafa sobre diagnóstico de câncer: ‘Queria chorar’

Meia do Bahia fala sobre desafios recentes, cuidados com a saúde e a importância da família

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Guilherme Lesnok
São Paulo (SP)
Dia 13/10/2025
09:54
Éverton Ribeiro passou por cirurgia (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
imagem cameraÉverton Ribeiro passou por cirurgia (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

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O meio-campista Éverton Ribeiro, do Bahia, revelou detalhes sobre a descoberta de um câncer na tireoide, diagnosticado há cerca de um mês. Mesmo diante do susto e da necessidade de passar por cirurgia, o jogador continuou atuando pelo time tricolor e compartilhou como tem enfrentado esse período de recuperação, destacando a importância da saúde, da fé e do apoio da família.

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A notícia foi divulgada na segunda-feira (6), mas a descoberta ocorreu há aproximadamente um mês. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Éverton Ribeiro contou que, inicialmente, não queria viajar para a primeira partida da final da Copa do Nordeste contra o Confiança, disputada em 3 de setembro, mas acabou mudando de ideia.

— Me deixaram à vontade se eu queria viajar ou não. Eu não queria viajar, queria chorar onde tinha que chorar. Mas eu conversei com a Marília (esposa), com os médicos e avisei que ia viajar. De um dia para o outro não ia mudar nada. Fui viajar, e a Marília foi resolver tudo. Foi atrás dos nossos amigos médicos e começou a organizar tudo. Eles (os médicos) nos tranquilizaram. Mas, até chegar neles, a Marília foi muito importante. Ela soube me ajudar no momento mais difícil — disse o meia.

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Éverton Ribeiro participou de todas as partidas do Bahia no último mês, totalizando oito jogos no período. Na temporada, o meia já soma 53 partidas com a camisa tricolor, com três gols e cinco assistências.

O camisa 10 passou por cirurgia no dia 7 de outubro, realizada com sucesso. Mesmo após o diagnóstico de câncer, Éverton Ribeiro foi titular na vitória do último domingo contra o Flamengo, comandado por Rogério Ceni.

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— Foi assustador, né? No começo, eu nem falava essa palavra. Câncer. Para mim, é muito forte. A gente sabe que muitas pessoas sofrem, acabam perdendo a vida. Então, quando eu estava lá e recebi esse diagnóstico, foi um baque. Fui para o quarto e acabei chorando sozinho. Depois, liguei para minha esposa para conversar com ela. E, a partir daí, buscar informação, quais procedimentos. Mas até chegar a esse momento foi um caminho longo — comenta.

— Momento de reflexão. A gente reflete. Quando estamos 100% de saúde, a gente esquece detalhes da vida. O mais importante é a saúde. Sem saúde, a gente não consegue alcançar sonhos. Eu tenho minha fé, sei que tudo o que aconteceu é para ver que Deus cuida da gente. Às vezes, a gente é usado sem entender. Agora é curtir a família. A gente vai seguir a vida nos seus altos e baixos. Saber que tenho que estar me cuidando sempre para cuidar desses meninos, da minha esposa, que está sempre ao meu lado me dando forças. E é assim: a gente vai seguir a vida nos seus altos e baixos, mas sempre com muita fé e coragem para enfrentar o que vier pela frente — segue.

Éverton Ribeiro, camisa   do Bahia (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
Éverton Ribeiro, camisa do Bahia (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Quando Éverton Ribeiro pode voltar a jogar?

Mesmo com um processo cirúrgico relativamente tranquilo e recuperação rápida, o Dr. Cheng Tzu, oncologista clínico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o atleta deve continuar em acompanhamento constante.

— Após uma cirurgia de retirada total da tireoide, sem intercorrências, o paciente pode receber alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte. A recuperação varia de caso a caso, mas costuma ocorrer gradualmente nas semanas seguintes, com retorno completo às atividades diárias em cerca de quatro semanas — iniciou.

— Nos casos de esportes de alta performance, especialmente aqueles com risco de trauma ou grande impacto na região operada, é importante um acompanhamento próximo e a liberação do cirurgião, considerando aspectos como cicatrização, dor e outros sintomas que o paciente possa apresentar no pós-operatório (como rouquidão ou dificuldade para engolir). A evolução deve sempre ser acompanhada pelo médico responsável — completou.

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