Para jornalista, Athletico-PR é clube brasileiro mais preparado para enfrentar a crise financeira

Números demonstrados no balanço financeiro com aumento substancial de receitas estruturaram base elogiada por Rodrigo Capelo

Torcida do Athletico-PR na Arena da Baixada
Foto: Maurício Mano/Site Oficial do Athletico Paranaense

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Mediante aos dados como o do balanço financeiro de 2019 divulgado pelo Athletico-PR, o jornalista especializado em negócios do esporte, Rodrigo Capelo, publicou em seu blog no portal 'Globo Esporte' que vê o Furacão como a equipe melhor preparada no Brasil para enfrentar os efeitos da crise financeira proveniente da pandemia.

Para ele, apesar do posicionamento conservador demonstrado pelo presidente do conselho administrativo, Mário Celso Petraglia, garantindo que não daria descontos no programa de sócio-torcedor do clube pela parada das competições pensando em não "quebrar" o clube, os dados financeiros indicam um panorama muito mais promissor do que digno de temor.

- Não há dúvidas de que todos os clubes de futebol, até os mais ricos da Europa, enfrentam problemas financeiros com a Covid-19. A paralisação dos campeonatos também interrompe pagamentos de emissoras de televisão e patrocinadores, além de comprometer receitas com bilheterias e associações. No Brasil, então, muitos realmente quebrarão. Não há, no entanto, sinais para pânico por parte do Athletico-PR. Apesar do que afirmou categoricamente seu presidente, que conhece seu clube como ninguém, as demonstrações financeiras rubro-negras mostram que não estão todos no mesmo barco. Ou, se estiverem, Petraglia está agarrado no mastro e será o último a colocar o nariz debaixo d'água - assegurou Capelo em seu texto.

Mediante a análise do jornalista, o Athletico obteve lucros importantes pensando no valor recorde de receita com transferências (R$ 98 milhões em valor líquido) além de lucrar mais com direitos de TV (priorização da TV aberta após negociar o Brasileirão com a norte-americana Turner), bilheteria e obter um balanço positivo substancial entre endividamento (R$ 267 milhões) e faturamento (R$ 355 milhões).

Rodrigo ressalta ainda que algumas negociações feitas pelo Furacão terão influência direta pela inflação de moedas como dólar e o euro já que, no balanço de 2019, apenas a ida de Renan Lodi para o Atlético de Madrid e Pablo para o São Paulo foram contabilizadas. Além disso, as dívidas que totalizam até o momento na casa dos R$ 267 milhões são chamadas de "dívidas de longo prazo", garantindo um fluxo de caixa a curto e médio prazo saudáveis ao clube, fator crucial em tempos de receitas reduzidas.

Todavia, o jornalista faz o alerta do caso envolvendo a modernização para a Arena da Baixada pensando na Copa do Mundo de 2014 e o processo envolvendo a divisão de responsabilidade de quitação das contas apontada pelo Furacão entre clube, Governo do Estado e Prefeitura de Curitiba como fator que poderia causar maior abalo na atual situação. 

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