Do Ramonismo à melancolia: Brasileiro do Vasco começa na empolgação e termina em silêncio
Partida final terminou com vitória em jogo movimentado, mas houve diferentes retratos da tristeza que virou a vida cruz-maltina desde o início do principal campeonato do país
Para falar a verdade, a quase inexistência de preocupação com a parte defensiva fez o jogo ser movimentado. Mas a despedida - em campo - do Vasco da Série A do Campeonato Brasileiro foi de uma melancolia incompatível com a história do Cruz-Maltino.
Na noite desta quinta-feira, a vitória por 3 a 2 sobre o Goiás teve capítulos inéditos e altamente incomuns no futebol do time de São Januário. Para começar, na última partida da temporada, o treinador à beira do campo já sabia que não continuará no clube. Ele nem quis falar com o Premiere, que transmitiu o jogo.
Vanderlei Luxemburgo não falou antes, não falou depois e nenhum jogador falou em momento algum. Para completar, na hora do primeiro gol, após a breve comemoração, ouviu-se um silêncio e, em seguida, Cano apontou e abraçou Luxa.
- Somos todos culpados - ninguém disse, mas é o que o gesto simbolizou.
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E pensar que o time já chegou praticamente rebaixado no último desafio da competição. E pensar que o time teve chances de reagir. E pensar que o time foi líder do campeonato na véspera do aniversário do clube. E pensar que houve o esperançoso Ramonismo.
O tempo e o aproveitamento dos treinadores mostram que a demissão de Ramon Menezes foi pouco ou quase nada produtiva. O time e o clima do clube degringolaram ladeira abaixo e o último jogo foi quase tão triste quanto a reta final. O jejum de seis jogos sem vencer chegou ao fim, mas o rebaixamento foi confirmado - mesmo que ainda não juridicamente aceito.