Em nova decisão judicial, Santos volta a ter contas reprovadas

Conselheiro havia obtido documento que impugnava a votação. Com nova decisão da Justiça, contas de Modesto em 2015 continuam reprovadas pelo Conselho do clube

Presidente do Santos, Modesto Roma Júnior
Contas de Modesto em 2015 foram reprovadas com 83 votos (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo / Santos FC)

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Mesmo passada a debandada de jogadores no início de 2015, a Justiça segue fazendo parte das decisões do Santos. Desde o dia 27 de abril, as contas de 2015 do clube passaram a ser um dos assuntos mais discutidos no Conselho. O episódio, desta vez, é a invalidação de uma liminar obtida pelo conselheiro Celso Pires Gonçalves, que anulou a votação do Deliberativo que reprovou as contas do presidente Modesto Roma Júnior referentes ao ano passado. Com a nova decisão, as finanças seguem reprovadas.

Na ocasião em que o conselheiro obteve a liminar para anular a votação do Conselho, as bases do documento foram três votos de ex-membros do Comitê de Gestão, que participaram ativamente da gestão de Modesto Roma Júnior em 2015, são eles: José Renato Quaresma, Jorge Corrêa da Costa e Rodrigo Marino.

No entanto, na decisão da Justiça, o juiz alegou que os três ex-membros da diretoria retornaram ao Conselho Deliberativo após a saída do Comitê de Gestão e, portanto, seus votos são válidos.

A reunião do Conselho do dia 27 de abril foi decidida com 83 votos a favor da reprovação das contas e 81 contrários.

No estatuto do Santos, a reprovação de contas pode resultar no impedimento do presidente e de seu vice.

Ainda de acordo com a decisão judicial, o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Galotti Bonavides, deverá ler o texto da decisão durante a próxima reunião do órgão, que será marcada para o fim deste mês, para Modesto apresentar detalhes do projeto para a construção do novo estádio do Peixe.

RELEMBRE A REPROVAÇÃO DAS CONTAS


Antes da votação, o Conselho Fiscal do Santos havia dado um parecer favorável à reprovação das contas principalmente pelo pagamento de comissões a empresários para renovação e contratação de jogadores.

Foram gastos R$ 3.769.250 com intermediações em 2015, na renovação de contratos de atletas. O somatório inclui R$ 600 mil gastos na renovação do lateral Caju, R$ 580 mil pelo acerto de extensão contratual com zagueiro David Braz, R$ 326 mil por Victor Ferraz e R$ 440 mil e R$ 420 mil, e R$ 440 mil e R$ 420 mil para contratar e renovar com Ricardo Oliveira.

Em relação ao volante Alison, que teve 70% de seus direitos vendidos ao Banco BMG em dezembro de 2014, o Peixe readquiriu o mesmo percentual no início do mandato de Modesto. No entanto, a venda foi de R$ 4.785.000 e a compra de R$ 7.547.000 por conta de juros estabelecidos em contrato da nova compra.

Já sobre às cotas de televisão do Paulistão, foram adiantados R$ 6.725.000. O principal ponto é que, de acordo com o estatuto, o presidente deve consultar o Conselho Deliberativo antes de solicitar o adiantamento, o que não ocorreu.

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