‘Estou vendo a Olimpíada agora de um outro lado’, diz ex-ministro

Ricardo Leyser, que ocupou brevemente o cargo de ministro do Esporte, aceitou convite de Eduardo Paes e assumiu posto de vice-presidente na Empresa Olímpica Municipal

Ricardo Leyser é o novo ministro do Esporte (Foto: Tamires Kopp/Ministério do Esporte)
Ricardo Leyser trabalha agora na Empresa Olímpica Municipal (Foto: Tamires Kopp/Ministério do Esporte)

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Após sair do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser já está trabalhando novamente, e segue ligado à organização dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Depois de deixar a pasta do governo federal, com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Leyser (que é filiado ao PCdoB) aceitou convite do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e assumiu o cargo de vice-presidente da Empresa Olímpica Municipal. O órgão é o responsável por coordenar boa parte das obras das arenas olímpicas na Cidade Maravilhosa. 

Por 13 anos, Leyser foi peça fundamental no Ministério do Esporte, onde foi secretário de alto rendimento e ocupou interinamente o cargo de ministro neste ano, com a saída de George Hilton. Mas, com o impeachment de Dilma e a chegada do presidente interino Michel Temer, não somente a pasta esportiva mas como todos os ministérios foram reformulados. 

Leyser começou a trabalhar na EOM na semana passada. Nesta terça-feira, ele entregou seus últimos documentos no processo de sua contratação pela prefeitura do Rio de Janeiro.

- A minha relação com a prefeitura do Rio sempre foi boa. Estamos construindo este projeto desde o final de 2004, com os Jogos Pan-Americanos de 2007. Quando houve o impeachment, troca de governo, essa confusão toda, houve um convite do Eduardo Paes. Ele sempre me disse que no dia que eu saísse do ministério ele me chamaria para trabalhar. Eu aceitei, para terminar este ciclo. Estamos a 52 dias da Olimpíada, então vou terminar esta fase - falou Leyser, que esteve nesta terça-feira na cerimônia de premiação dos melhores jogadores da temporada do NBB, em São Paulo.

O agora vice-presidente da EOM, que ficará abaixo apenas de Joaquim Monteiro de Carvalho na hierarquia do órgão, disse que está familiarizado com suas atividades atuais, mesmo com pouco tempo de casa. Na verdade, sua função agora é um complemento daquilo que fazia no Ministério do Esporte.

- O que eu estou vendo agora é o que eu via no ministério, mas por um outro lado. O ministério é o financiador, e a prefeitura do Rio é quem executa. Não há um estranhamento, pois são temas que já estávamos acompanhando - falou Leyser.

O acordo do ex-ministro do Esporte com Eduardo Paes é ficar na EOM até o final do ano, quando termina o mandato do atual prefeito. Depois, Leyser ainda não sabe qual será sua atuação.

- A minha conversa com o prefeito é ficar até o fim do ano, e ajudar a prestar contas. A desmobilização dos Jogos é uma coisa mais complicada do que a mobilização. Na mobilização, você conta com todo mundo. Depois que os Jogos terminam, o grau de atenção diminui muito. A desmontagem é tão complexo quanto a montagem - falou Leyser, que nesta terça-feira entregou o troféu de melhor defensor do NBB ao ala Alex Garcia, do Bauru e da Seleção Brasileira, na festa de gala da liga em São Paulo. 

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